USIMINAS COLOCA 1,2 MIL EMPREGADOS EM LICENÇA REMUNERADA PARA CORTAR GASTOS NA USINA DE CUBATÃO
Não há tempo fácil para a Usiminas, e menos ainda para seus funcionários. Imersa em uma dívida bilionária e afetada pela retração da indústria siderúrgica no país, a companhia segue reduzindo suas operações e mais uma vez recorreu a uma redução de seu quadro de profissionais na usina de Cubatão: 1,2 mil empregados foram colocados em licença remunerada nesta semana. Em comunicado, a empresa afirmou que a medida tem como objetivo reduzir gastos com logística, serviços e energia na unidade, que vem tendo suas operações reduzidas desde o ano passado e não conta ainda com solução definida. Nesta sexta-feira (11), o Conselho de Administração da companhia se reúne para debater uma possível injeção de capital, que permitiria um avanço nas negociações de dívida.
As duas controladoras da Usiminas, Nippon Steel e Techint, apresentaram propostas para aumentar o capital da siderúrgica, com objetivo de subscrever ações até o limite de R$ 1 bilhão e R$ 500 milhões, respectivamente. Os valores, que ainda deverão ser discutidos pela diretoria da empresa, buscam preparar o terreno para um possível acordo de reestruturação da dívida junto aos credores, além do congelamento dos encargos para um possível alongamento do prazo de quitação.
A injeção de R$ 1 bilhão vem sendo defendida pela Nippon, que estaria disposta a arcar sozinha com os custos. A discordância em relação aos valores do aumento de capital com a Techint, que propõe a aplicação de R$ 500 milhões, vem se arrastando ao longo dos últimos meses em uma disputa interna dentro da companhia. Segundo a Usiminas, ainda não há decisão tomada.
Afundada em uma crise que já levou à demissão de mais de 2 mil funcionários em sua unidade de Cubatão, a empresa lida hoje com as exigências que vêm sendo apresentadas pelo credores para uma renegociação do endividamento, que neste ano vence em cerca de R$ 1,9 bilhão. Os principais credores requerem um valor mínimo de R$ 1 bilhão para injeção de capital, além de um comprometimento financeiros dos controladores para que se iniciem as conversas em torno de um congelamento das dívidas.
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