USINAS NUCLEARES DE ANGRA GERARAM 1,66 GWm EM 2023 E AJUDARAM A ELEVAR A PARTICIPAÇÃO DE FONTES LIMPAS NO BRASIL

A geração de energia nuclear no Brasil em 2023 ajudou a elevar ainda mais a participação de fontes limpas na matriz energética nacional. De acordo com dados levantados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as usinas Angra 1 e Angra 2 geraram 1,66 gigawatts médios (GWm) durante o ano passado.

Conforme noticiamos na última semana, a CCEE divulgou que o Brasil bateu recorde de geração de energia limpa em 2023, com 93,1% de toda a energia gerada vindo de fontes renováveis (hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa). O total gerado por essas usinas chegou a cerca de 70,2 mil megawatts médios de energia.

No entanto, ao considerar também as usinas nucleares nesse cálculo, a parcela de fontes limpas e livres de emissão sobe para 95,3%, totalizando cerca de 72 mil megawatts médios de energia.

Diversos atores internacionais ressaltam a importância da energia nuclear na caminhada da transição energética. A Agência Internacional de Energia (AIE) vê um papel relevante para a fonte na caminhada para a descarbonização mundial. No cenário atualizado de emissões líquidas zero (NZE) da agência, a capacidade de geração nuclear atinge 916 GWe em 2050, acima dos 812 GWe em uma previsão anterior.

“Depois de três décadas de crescimento modesto, um cenário político em mudança está a abrir oportunidades para um regresso nuclear”, segundo a AIE numa atualização do seu Road Map Net Zero. “Como forma de atingir metas de redução de emissões e de abordar as preocupações de segurança energética, vários países anunciaram estratégias que incluem um papel significativo para a energia nuclear, incluindo Canadá, China, França, Índia, Japão, Coreia, Polónia, Reino Unido e Estados Unidos”, acrescentou.