USO DE BIODIESEL NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA PODE TRAZER GANHOS NA DESPOLUIÇÃO DO AR
É grande a disputa pelo espaço de uso de energia limpas e renováveis no Brasil. Neste particular, os biocombustíveis estão sendo vistos com uma das alternativas de peso para minimizar o problema de emissão em grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o que pode causar graves problemas respiratórios. O uso de produção de energia com recursos limpos e renováveis podem minimizar este problema. No primeiro trimestre deste ano, das 3.002 usinas termoelétricas ativas no Brasil apenas três utilizaram biocombustíveis como fonte de energia. o gerente de negócios para biodiesel da Camlin Fine Sciences (CFS) para América do Sul, Federico Sakson, acredita que “O país precisa se conscientizar sobre a importância da sustentabilidade. As empresas, que investirem na proteção do meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas, terão maior valor agregado ao seu produto. O uso do biodiesel nas termoelétricas é uma necessidade emergente”. A Camlin Fine Sciences (CFS) é um fornecedor de ingredientes de aroma de alta qualidade, antioxidantes e produtos químicos de alto desempenho.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que o Brasil dispõe de 4.916 empreendimentos de geração elétrica em ação. A potência instalada de geração de energia elétrica está dividida em: hidrelétrica: 64%; termoelétrica, 27,5%; eolielétrica 7,9%; e solar 0,6%. No mundo, as usinas termoelétricas são as principais fontes de geração de energias e são 50% mais caras do que as hidrelétricas e com potencial poluente maior por emitir uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, podendo causar graves problemas respiratórios.
Este cenário é bem diferente em países da Europa, Ásia e América do Norte, onde a utilização de fontes renováveis no setor de geração de energia tem crescido cada vez mais por conta de incentivos como remuneração atrativa do excedente de energia injetada na rede e formas atraentes de financiamento do investimento. O objetivo é a redução de emissões de poluentes e da dependência do petróleo, hoje utilizado em mais da metade das usinas termoelétricas do país.
Em junho deste ano, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a redução de 10,1% nas emissões de gases de efeito estufa até 2028, no âmbito da nova Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Para Aprobio – Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil – é uma meta audaciosas, principalmente pelo potencial do Brasil em produzir biocombustível, como etanol e biodiesel. De acordo com a Aprobio, a previsão é de que o mercado dobre de tamanho até 2028 e o Brasil produza e consuma 11,1 bilhões de litros, passando a adotar a mistura de 11% de biodiesel em 2020 e chegando a 15%, o B15, em 2024. A utilização de biodiesel em pequenas centrais de geração não compete com a geração centralizada. Ela apenas complementa o sistema e aumenta sua confiabilidade, pois pode atuar como reserva de energia, servindo também como fornecimento de emergência.
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