UTC PEDE PARA SAIR E EBE SE TORNA A ÚNICA A NÃO DESISTIR DO CONTRATO DE MONTAGEM DE ANGRA 3
O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, prometeu no programa Fantástico que a Usina Nuclear Angra 3 iria começar a gerar energia no meio do ano de 2018 e que seis meses depois já estaria gerando comercialmente. Vai ficar com a cara grande e o nariz comprido. Nem um caso e nem outro. O cenário ficou pior com a desistência agora da UTC em relação ao contrato de montagem dos equipamentos da usina, seguindo outras empresas de engenharia que já haviam tomado esta atitude no início de agosto. Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Techint pediram o cancelamento do contrato por falta de pagamento. Neste momento, apenas a EBE ficou com a responsabilidade do contrato de montagem da usina, embora a empresa também esteja sem receber os pagamentos devidos.
A EBE é a empresa brasileira com a maior experiência no setor nuclear no Brasil. Ela foi responsável sozinha por ter montado os equipamentos da Westinghouse de Angra I e de ter participado do consórcio Unamon, que montou os equipamentos de Angra II. Em Angra 3, ela também participava do consórcio de empresas que venceu a licitação e estava mobilizada para o início do trabalho.
Neste momento, a empresa tem duas alternativas: montar um grupo de empresas para seguir o contrato ou também desistir e se juntar às outras empresas e esperar uma nova negociação ou uma nova licitação. O Petronotícias localizou o Presidente da EBE, Paulo Massa, que falou sobre a dificuldade que o Brasil terá em mais este atraso numa planta muito importante para a geração de energia firme que o país precisará nos próximos anos:
“É lamentável o que está acontecendo, porque parar uma obra deste porte, desmobilizá-la, é extremamente custoso para o país. Demissões de centenas de trabalhadores e tudo que está em torno de uma obra deste porte é um prejuízo gigantesco. A EBE entende o posicionamento das outras empresas e, claro, somos solidários, mas o país também precisa de Angra 3 para gerar energia.” – diz.
Paulo Massa fala também sobre os problemas que o atraso dessas obras poderá proporcionar:
“Angra 3 já estava fora do cronograma, tendo a sua conclusão prevista para o fim de 2018. Agora, quem sabe? Se também desistirmos e houver uma nova licitação ou numa nova negociação com as empresas, quanto tempo a conclusão da obra levará? Um, dois anos? Vamos ver Angra 3 gerando em 2020? E o custo da desmobilização? Da não geração de energia? Da manutenção? Tudo isso tem que ser levado em consideração. A EBE tem muita preocupação com o que está acontecendo. O país não pode ser mais prejudicado”.
A UTC comunicou oficialmente a desistência dela na sexta-feira (2), mas até agora nem ela, nem a Eletronuclear se manifestaram oficialmente. As obras civis continuam suspensas e devem ficar assim pelos próximos três meses, por decisão do novo presidente da empresa Pedro Figueiredo, que neste momento está no Canadá num evento da área nuclear realizado pela ONU.
Uma usina que levou 20 anos para ser construida, não é de se estranhar tal atitude. Quem sempre leva a pior é o trabalhador de empresa privada. O deles está garantido de uma maneira ou de outra.
É uma vergonha este país!!!! O Sr. Ministro Eduardo Braga deveria voltar a mídia e dizer que se equivocou. “Angra3 ficará pronta em 2028” voces verão…..
O programa nuclear brasileiro, se arrasta desde 1971, quando foi firmado acordo com o banco KWU para construção e fornecimento de 8 reatores fabricados pela Wentinghouse Co.
Seriam construidas 10 usina nucleares aqui no Brasil e a empresa Norberto Odebrecht, já naquela época, estava no páreo!
Que Brasil é esse??