VALE REVERTE PREJUÍZO E TEM LUCRO DE R$ 5,14 BILHÕES NO SEGUNDO TRIMESTRE
Para toda regra, uma exceção. Em meio a uma crise na indústria nacional e atravessando um momento de baixa no preço do seu principal produto, a Vale divulgou resultados bastante satisfatórios do seu desempenho no segundo trimestre deste ano. A maior produtora de minério de ferro do mundo apresentou crescimento de 61,4% no seu lucro líquido, em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando a marca de R$ 5,14 bilhões. Mesmo com a alta no seu lucro líquido no trimestre, a companhia fechou o primeiro semestre no vermelho, com prejuízo de R$ 4,39 bilhões.
O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani (foto), afirmou que este resultado mostra como a companhia está pronta para um “cenário desafiador para as commodities”. Siani também afirmou que este resultado não teve interferências externas, como desvalorização do câmbio em relação ao dólar. Ainda segundo o executivo, sem o efeito de desvalorização, que impacta a dívida da companhia, foi possível voltar ao azul.
A dívida da Vale ainda é o que mais preocupa aos seus executivos, tendo crescido mais no último trimestre. O valor total devido chega a US$ 26,509 bilhões. Somente nos últimos três meses, a companhia aumentou em 6,9% este valor, com relação aos três primeiros meses do ano e 14,3% em relação a um ano antes.
O Ebtida (luicro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Vale nos meses de abril, maio e junho ficou em R$ 6,817 bilhões, uma diminuição de 25,4% na relação anual, muito por conta do baixo valor do minério de ferro. Em comparação com último trimestre, no entanto, foi constatado um aumento de 47,1%.
No segundo trimestre deste ano, a Vale praticou um preço médio de US$ 50,6 a tonelada de minério de ferro. Este valor é 40,2% menor que o praticado no mesmo período de 2014. No entanto, um ligeiro aumento, de 10%, com relação ao primeiro trimestre deste ano já anima a companhia.
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