VALE SE DEFENDE NA SUÍÇA E ACUSA AUTORIDADES DE CALÚNIA

Alvo de acusações na Justiça Suíça por ter descumprido acordo fiscal, a Vale nega ter violado qualquer acordo e acusa as autoridades suíças de a envolverem num conflito político local. Segundo Clovis Torres, consultor-geral da Vale, a empresa tem passado por uma campanha caluniosa e só não deixa a Suíça por causa das restrições contratuais. Sabendo desse impedi-mento, o país estaria querendo pegar a mineradora para Cristo.

Segundo autoridades suíças, em 2006, quando a Vale foi beneficiada com exoneração fiscal, o escritório da empresa em Vaud não tinha pretensões de  ser uma sede mundial, mas apenas regional. Clovis Torres reconhece os lucros elevados que passaram por aquele país, como fruto de uma expansão da empresa e a centralização na Suíça. Mas alega que, no acordo de 2006, não foi fixado um valor máximo para as movimentações em troca dos incentivos fiscais.

Mesmo assim, as movimentações da empresa eram apresentadas à receita federal, com transparência. Para ele, o governo pode estar em busca de uma nova divisão dos lucros da empresa, mas a Vale sempre esteve disposta ao diálogo.

Perante tal situação, a companhia preferiria deixar o país. No entanto, o acordo exige que, no caso de abandono de seus investimentos na Suíça, a empresa pague impostos em sua totalidade pelos últimos cinco anos. A briga continua.