VARO ENGINEERS INAUGURA UNIDADE NO RIO EM BUSCA DE PROJETOS NO SETOR OFFSHORE | Petronotícias




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VARO ENGINEERS INAUGURA UNIDADE NO RIO EM BUSCA DE PROJETOS NO SETOR OFFSHORE

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Devena Stewart, diretora internacional da VaroA Varo Engineers, criada em 1948, nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 2012, mas agora dá um novo passo importante na sua trajetória no país, onde pretende ampliar sua participação de olho principalmente no setor offshore. Depois de dois anos trabalhando em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde atuou em parceria com uma empresa local, a companhia, registrada aqui como Varo do Brasil, acaba de inaugurar um escritório no Rio de Janeiro. A diretora internacional da companhia, Devena Stewart, que veio morar recentemente na cidade, conta que um dos focos deles é atuar também no desenvolvimento de tecnologias subsea e agora já buscam parcerias neste sentido. Misturando o português com o inglês, a americana já entende bem a língua local e se esforça para ganhar fluência no idioma, com o intuito não apenas de facilitar as negociações, mas também de seguir uma estratégia da Varo, que é a de participar da cultura do país. Devena conta que a empresa chegou a abrir uma unidade na China, mas tiveram dificuldade em dar este passo imersivo na cultura local, enquanto aqui a sentimento é exatamente o oposto: “Já me sinto uma carioca”, brinca ela, que diz ter ficado impressionada com a receptividade no Rio.

Como vê o mercado brasileiro?

Vemos muitas oportunidades aqui. É obviamente um mercado em crescimento. Há muita atenção dada ao Brasil, e sempre houve, mas antes estava saturado de gente que queria mudar o mercado. Nós queremos participar dele e da cultura local. Por isso estamos ampliando nossa presença aqui.

De que maneira querem participar?

Começamos a nossa participação em Pelotas, em junho de 2012, a partir de uma parceria com a empresa Usimec Construtora, para ampliar a área de serviços de engenharia deles. Além disso, não participamos apenas na parte comercial, mas também na social, patrocinando um time local de Rugby. Então, tanto na parte econômica, quanto social, estamos buscando oportunidades para fazer parte da cultura do país. Aqui não somos a Varo Engineers, somos a Varo do Brasil.

Que tipos de projetos vocês estão buscando aqui?

Somos uma firma de engenharia focada na área de energia, desde a parte elétrica até a parte de petróleo e gás natural. Vimos a explosão de crescimento que o setor de óleo e gás teve aqui e a necessidade de trazer mais gente para ajudar na mudança da infraestrutura do país, para gerenciar esses recursos, especialmente com o pré-sal. Agora está em fase de exploração, mas em alguns anos estará em produção, então queremos estar aqui, prontos para isso. Vemos o mercado de petróleo, especialmente no Rio, como um componente muito importante no futuro e queremos fazer parte disso.

Nos Estados Unidos não são tão focados em óleo e gás?

Não. Lá trabalhamos com algumas refinarias, com usinas nucleares, com materiais que precisam ser transportados, mas não há atividade de óleo e gás em todo o país. Ainda assim, temos atividades na área e queremos ampliá-la. Então, porque não trazer isso ao Brasil.

Em que projetos já trabalharam aqui?

Trabalhamos com a Petrobrás em Pelotas, em algumas unidades, lidando com serviços elétricos e mecânicos. Agora estamos trabalhando também com a Liderroll.

Pode falar de novos projetos em discussão?

Estamos conversando com a Queiroz Galvão, não na área de construção, mas na área de engenharia. Gostamos de ter parceiros e queremos nos juntar a quem já tem uma longa história aqui de bons trabalhos. Então, esperamos ter novos projetos com a Queiroz Galvão, com a Liderroll, e com outras empresas também.

Pretendem atuar aqui no onshore e no offshore?

Sim. No futuro, esperamos trabalhar mais com o offshore e subsea. Porque há muitas novas tecnologias sendo desenvolvidas para o subsea, e, como uma empresa de engenharia, somos apaixonados por tecnologia. Ser parte do desenvolvimento de novas tecnologias é muito excitante para nós.

Já estão em algum projeto offshore?

Ainda não. Estamos procurando parceiros para isso e estudando o mercado.

Quando vê o mercado brasileiro e o trabalho de engenharia realizado aqui, como o classifica?

Como se classifica um engenheiro? Depende do nível de qualificação dele, do tempo de trabalho que ele já dedicou à engenharia etc. E aqui já trabalhamos com engenheiros sêniores fantásticos, com mais de 30 anos na indústria. Eu gostaria que nosso pessoal nos Estados Unidos pudesse falar português, porque poderiam aprender bastante com algumas pessoas que encontramos aqui. Não só em relação aos aspectos técnicos, mas em termos administrativos. Há algumas soluções em termos de eficiência muito interessantes aqui. Sei que pode parecer esquisito, porque o Brasil tem muita burocracia, mas há algumas eficiências encontradas em como desenvolver um projeto que não temos nos Estados Unidos, então tem sido também um aprendizado.

Há frequentemente na indústria brasileira uma reclamação de que faltaria qualificação aqui. O que acha disso?

Não tivemos esse problema até agora. Talvez porque, depois dos problemas do grupo de Eike Batista, muitos engenheiros talentosos ficaram disponíveis no mercado, então a resposta tem sido muito positiva. Recebemos inclusive currículos de engenheiros brasileiros na nossa matriz, nos EUA, com qualificações extraordinárias. Também ouvi algumas reclamações neste sentido, mas não passamos por isso. Ainda assim, mesmo que seja verdade, se pegar um engenheiro júnior, com interesse, é possível treiná-lo com muito sucesso. Agora estamos no processo de contratar nossa equipe permanente e temos tido respostas muito boas.

Quais são as expectativas com o mercado brasileiro para o próximo ano?

Esperamos expandir para além deste escritório, queremos ser conhecidos e reconhecidos como uma companhia de engenharia brasileira, que adiciona valor com o conhecimento brasileiro, mas que também tem o suporte da nossa base nos Estados Unidos. Queremos nos manter focados e seletivos, voltados a projetos em que realmente queremos trabalhar, e a partir daí vemos um potencial de crescimento muito grande.

A Varo tem escritórios em outros países?

Atualmente, o Brasil é o único país além dos Estados Unidos onde temos um escritório permanente. Nós tivemos um escritório em Shanghai, na China, mas achamos que o mercado era muito volátil e não era amigável o suficiente para nós. Era difícil fazer parte da cultura local. Aqui no Brasil já sou uma carioca [Risos]. Nos sentimos como se fizéssemos parte da família brasileira. Conseguimos encontrar bons parceiros e bons conselheiros que nos ensinaram a maneira de trabalhar no Brasil. Tivemos que esquecer como trabalhar nos EUA e aprender como trabalhar aqui.

É mais fácil do que na China?

Aqui é mais fácil. Existe mais respeito pela propriedade intelectual. Somos uma empresa de engenharia. Estamos pensando em ideias, em maneiras de fazer as coisas. Não somos uma construtora, a quem você dá um plano e nós construímos. Nós temos uma ideia e queremos trazê-la à vida. Aqui há mais respeito por isso. Na China não sentimos tanto isso. Tivemos que entrar no mercado e ficar numa caixa, mas queremos crescer.

Qual o maior desafio no mercado brasileiro?

É trabalhar com a burocracia. As regras mudam muito e isso é difícil. Somos uma empresa de engenharia, então precisamos de uma ordem mais organizada. Mas estamos aprendendo a lidar com isso e até agora conseguimos ter muito sucesso.

Quais as perspectivas para o próximo ano?

Tivemos um grande crescimento de 2010 até 2013, e esse ano foi um pouco parado, mas estamos vendo que as coisas estão melhorando e temos perspectiva de um novo crescimento acentuado em 2015.

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JORGE FERNANDO RODRIGUES SANTOS
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BOM DIA SRA DEVENA STEWART , RESPONSÁVEL PELA EMPRESA VARO NO NOSSO IMENSO E AMÁVEL PAIS BRASIL SEMPRE E ACIMA DE TUDO E TODOS . LI SUA MATÉRIA E NÃO PUDER DEIXAR QUE MEU ENTUSIASMO ME CONTAGIASSE LOGO APÓS A ELEIÇÃO DE NOSSO PAÍS E EM PARTICULAR EM NOSSO ESTADO DO RIO DE JANEIRO , SENDO DIRETO , EU JORGE FERNANDO , NATURAL DO RIO DE JANEIRO E AOS 48 ANOS E DE MUITA EXPERIÊNCIA DE VIDA PROFISSIONAL , TENHO UMA PEQUENA EMPRESA NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO E TRANSPORTES REGISTRADA AQUI NO RIO DE JANEIRO E NA ÁREA PESSOAL UMA… Read more »

JORGE FERNANDO RODRIGUES SANTOS
Visitante

NÃO DESISTA DO RIO DE JANEIRO NOSSOS JOVENS PRECISAM DE PESSOAS COMO A SRA PARA SEREM TEREM SUCESSO NA VIDA . MESMO NÃO Á CONHECENDO PESSOALMENTE JÁ GOSTO DE SUA FORMA DE TRATAMENTO DISPENSADA Á NOSSO POVO . QUE DEUS ABENÇOE Á AMERICA E O BRASIL ( E TODO O RESTO DO MUNDO ) ASSIM JÁ DIZIA MINHA PROFESSORA DE INGLÊS RENATA CARVALHO DO CECIERJ-RJ SEDUC-RJ .