HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DE HONRA AO MÉRITO NUCLEAR DEFENDEM A AMPLIAÇÃO DA GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA NO BRASIL

O Petronotícias traz hoje aos seus leitores alguns dos principais momentos da cerimônia de entrega da Medalha de Honra ao Mérito Nuclear, organizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). O evento anual já ganhou um espaço especial na agenda de executivos da indústria nuclear nacional. Isso porque além de ser um momento de reconhecimento das personalidades de destaque do segmento, a cerimônia já virou um encontro tradicional que reúne, em um só lugar, os principais tomadores de decisão do setor. O encontro aconteceu no castelinho da Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, espaço que testemunhou muitos fatos históricos e hoje é uma das principais atrações turísticas e culturais da capital fluminense.

A cerimônia de premiação da Medalha de Honra ao Mérito Nuclear homenageia os profissionais do setor nuclear brasileiro que contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento dessa indústria no país. Na edição deste ano, cinco personalidades foram escolhidas para receber o prêmio e defenderam, durante o encontro, a ampliação do uso da tecnologia nuclear no Brasil, especialmente para a geração de uma energia limpa e firme. O primeiro homenageado do evento foi o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.

Olsen está desde 2018 no comando da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha – órgão que controla as atividades nucleares, científicas, tecnolo?gicas e de inovac?a?o do braço naval das Forças Armadas.

O almirante recebeu a medalha das mãos de Carlos Duarte, que é embaixador do Brasil na missão permanente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O presidente da ABDAN, Celso Cunha, destacou durante a cerimônia os avanços e a cooperação dentro do setor nuclear brasileiro. Ele ressaltou ainda que o país precisa avançar em diversas reformas dentro da indústria nuclear, como a flexibilização da Medicina Nuclear e da Mineração.

O segundo premiado durante a cerimônia foi o diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN, Ricardo Guterres (foto acima). Ao longo dos últimos três anos, a DRS publicou ao menos nove resoluções importantes que trouxeram efeitos positivos imediatos para o setor no Brasil. Sob o comando de Gueterres, o órgão fez revisões de normas importantes, como a que trata do transporte de materiais radioativos.

O terceiro homenageado foi o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, que ganhou a medalha das mãos do presidente da ABDAN, Celso Cunha.

Torres liderou um processo importantíssimo de modernização de algumas normas da agência para o setor de medicina nuclear, trazendo mais agilidade para esse setor. Além disso, no início de sua carreira, atendeu os pacientes do acidente nuclear em Goiânia (1987).

Na imagem acima está o quarto homenageado do evento – o assessor especial do Ministério de Minas e Energia, Ney Zanella (à esquerda), ao lado do presidente da Rosatom na América Latina, Ivan Dybov.

Zanella já exerceu vários comandos e cargos de liderança na carreira, atuando sempre com grande proximidade operativa e administrativa. Ele já foi presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – AMAZUL entre 2013 e 2019. Mais recentemente, atua no MME como uma figura importante dentro da pasta para a definição de pautas relacionadas à tecnologia nuclear no Brasil.

Na foto acima, à esquerda, está o gerente geral de fabricação e supervisão da Nuclep, Cezar França. Ele também recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Nuclear. Ao lado dele, está o presidente da companhia, Almirante Carlos Henrique Seixas.

França recebeu a homenagem das mãos de João Carlos da Cunha, diretor de operações da Eletronuclear e vice-presidente da ABDAN. O gerente da Nuclep tem um grande histórico de participação em importantes obras, como as dos cascos resistentes de submarinos, do Vaso de Pressão do Reator do LABGENE, dos acumuladores de vapor  de Angra 2 e 3, entre outras.