VENDA DE COMBUSTÍVEIS EM 2018 FICAM ESTAGNADAS NA COMPARAÇÃO COM 2017
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) revelou nesta terça-feira que a comercialização de combustíveis no mercado brasileiro em 2018 ficou praticamente estável quando comparada ao ano anterior. Segundo o órgão, foram vendidos 136,060 bilhões de litros, um suave aumento de 0,025% em relação aos 136,026 bilhões de litros registrados em 2017. Os dados foram apresentados hoje no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2019 (Ano-Base 2018), no Rio de Janeiro.
Na apresentação, um dos diretores da agência, Felipe Kury, observou que 2018 foi um ano praticamente estável, mas alguns setores já demonstram recuperação. “O diesel cresceu 1, 4%, o que é um sinal de retomada da atividade econômica. Também houve aumento na comercialização de etanol hidratado, de 42,1%, e de querosene de aviação, de 7,6%“, disse.
Enquanto o etanol hidratado (combustível), subiu para 19,385 bilhões de litros em 2018 (elevação de 42,1%), a gasolina, por sua vez, teve redução no volume comercializado de 13,1% em relação a 2017, passando de 44,150 bilhões de litros para 38,352 bilhões de litros.
Um destaque positivo foi a alta nas vendas de biodiesel (25,3%), chegando a 5,391 bilhões de litros, resultado do aumento da mistura obrigatória ao diesel em março de 2018 de 8% (B8) para 10% (B10). O etanol total (soma de anidro e hidratado) teve aumento de 16,3% em 2018 frente a 2017, de 25,563 bilhões de litros para 29,740 bilhões de litros. Já o etanol anidro (misturado à gasolina) acompanhou a queda verificada na gasolina (13,1%).
Durante o evento, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone (foto), voltou a defender a adoção de preços relacionados à paridade de importação. “Todos se beneficiam com isso. Queremos, cada vez mais, trazer transparência para o mercado. Precisamos decidir se nós queremos continuar com monopólio, oligopólio, intervenção no mercado, ou se queremos transparência e um mercado competitivo“, disse.
Os demais dados podem ser conferidos no site da ANP, neste link.
O que poderíamos esperar numa economia quase recessiva? Se importar baixasse preço teríamos preços mui baixos no passado próximo. Alguém tem notícia disso?Também vender refinaria para ter preço competitivo num País que importa processados assemelha-se às teses de aloprados. Todo mundo vaticina e as estatísticas desmentem as asserções sempre recorrentes. Assim continuamos gostando de ilusões pouco tabulando os acontecimentos ou dados, como fez o Francis Bacon, o indutivista no século XVI. Nem ao menos evoluímos para a refutabilidade de Popper sem passar pela cansativa contagem.