VENEZUELA DÁ PRESENTE DE GREGO AO BRASIL E PASSA A IMPOR TARIFAS DE IMPORTAÇÃO DE ATÉ 77%

PRESENTE DE GREGO – Depois de ser taxado por Trump, governo Lula é surpreendido por tarifa da Venezuela
Até tu, Brutus? Não bastasse o tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump, agora foi a vez do ditador Nicolas Maduro entregar um “presente de grego” para o Brasil. Sem aviso prévio, a Venezuela passou a cobrar tarifas – que variam de 15% a 77% – sobre produtos brasileiros. O imposto está sendo aplicado até em casos nos quais deveria haver isenção, mediante apresentação de certificado de origem.
Brasil e Venezuela são signatários de um Acordo de Complementação Econômica que, na prática, permite o livre comércio entre os países e envolve quase todos os produtos importados. Os venezuelanos são os principais parceiros comerciais de Roraima. Somente no ano passado, o país vizinho importou cerca de US 145 milhões em produtos do estado da região Norte.
Em nota, o governo de Roraima disse que acompanha “com grande preocupação” as informações sobre a elevação da alíquota do imposto Ad Valorem por parte do governo venezuelano. O texto afirma ainda que qualquer medida que encareça os produtos brasileiros na Venezuela traz impacto direto sobre os empresários locais, o agronegócio, a geração de empregos e a arrecadação estadual.
O governo de Roraima também afirmou que está em contato com o Ministério das Relações Exteriores e demais autoridades federais, buscando esclarecimentos e alternativas diplomáticas para preservar o equilíbrio da relação comercial entre os dois países.
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) declarou que está ciente das dificuldades enfrentadas por exportadores brasileiros na Venezuela e que “está em diálogo com representantes do setor produtivo para reunir informações mais detalhadas sobre os casos reportados”. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por sua vez, afirmou que a Embaixada do Brasil em Caracas já está em contato com autoridades venezuelanas para esclarecer a situação.
Do lado empresarial, a Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER) informou que trabalha para identificar as dificuldades quanto à aceitação dos Certificados de Origem de produtos brasileiros por parte das autoridades venezuelanas. Além disso, a entidade afirmou que está em contato direto com as autoridades competentes do Brasil e da Venezuela, em busca de esclarecimentos e soluções rápidas que visem a normalização do fluxo comercial bilateral.
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