VENEZUELA REAGE AS SANÇÕES AMERICANAS E DIZ QUE ELAS PÕEM EM RISCO O FORNECIMENTO DE PETRÓLEO
A Venezuela reagiu as sanções anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra o governo de Nicolás Maduro e diz que está sob risco sua condição de fornecedor de petróleo mais próximo e seguro para os Estados Unidos. Uma carta publicada pela chancelaria venezuelana diz que “As decisões unilaterais e ilegais do presidente Trump não só afetarão o povo venezuelano, mas também o povo americano. As sanções anunciadas põem em risco a nossa condição, quase centenária, como o fornecedor de petróleo mais próximo e seguro para os EUA”. Segundo a Venezuela, entre os possíveis impactos das sanções está o aumento dos preços da gasolina, “enquanto milhares de trabalhadores correm o risco de perder suas economias perante o impacto nos fundos de aposentadoria pelo veto que pesa sobre os bônus venezuelanos”.
No último dia 25 de agosto, o Presidente Trump assinou uma ordem executiva que proíbe as “negociações em dívida nova e capital emitido pelo governo da Venezuela e sua companhia petroleira estatal”, nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano. A medida, anunciada pela Casa Branca em um comunicado, proíbe também as “negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela”. O governo venezuelano já expressou sua rejeição a essas medidas e a chancelaria indicou que o comportamento de Trump “não corresponde com o lema de campanha de tornar os EUA grandes de novo”. Para a Venezuela, “as temerárias decisões” de Trump “pretendem conduzir os EUA a outra aventura militar e ameaçam gerar um novo conflito internacional, com inimagináveis repercussões econômicas e humanitárias”. Segundo a chancelaria venezuelana, o objetivo final dos EUA é apoderar-se dos recursos do seu país: “O povo dos Estados Unidos, povo de paz, deve liderar os esforços para neutralizar novas intenções bélicas do seu governo. Por isso, fazemos um chamado fraterno e sincero a todos os americanos de boa vontade, para trabalhar lado a lado pela defesa da liberdade dos nossos povos”.
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