VENEZUELA VIVE A EXPECTATIVA DE JOE BIDEN FLEXIBILIZAR SANÇÕES ECONÔMICAS DEPOIS DA LIBERAÇÃO DA CHEVRON
Embora a administração do presidente Joe Biden diga que manterá as sanções ao regime do ditador Nicolás Maduro, a menos que haja progresso no sentido de eleições livres, há conversações no sentido do levantamento dos embargos mesmo enquanto a repressão venezuelana cresce no país. A administração Biden é firme na sua política para a Venezuela. Essa política consiste em fazer crer que o regime de Maduro procura um compromisso e continua a oferecer concessões sobre as sanções dos EUA, apesar da crescente repressão do regime. As autoridades dos EUA podem estar elaborando uma proposta que aliviaria as sanções ao setor petrolífero da Venezuela, permitindo que mais empresas e países importassem o seu petróleo bruto, se a nação sul-americana avançar em direção a eleições presidenciais livres e justas. Mas, aqui para nós, esta chance parece ser zero. Isso ocorre depois de algumas sanções já terem sido levantadas: em Novembro de 2022, a administração Biden concedeu à Chevron uma licença para retomar a produção de petróleo na Venezuela. depois de quase três anos de sanções. Isso deveria incentivar as negociações entre o regime e a oposição democrática, mas não houve nenhum movimento. Há também outras petroleiras interessadas em repaginar a indústria, mas isso depende apenas da resistência de outras petroleiras. Há falta de Nafta, o que inviabiliza o refino do pesado petróleo venezuelano no país.
Apesar do fracasso dessa manobra, o regime de Maduro mostra dia após dia que não permitirá de forma alguma eleições livres. Em 21 de agosto, o regime anunciou que estava buscando um mandado de prisão para o líder da oposição Antonio Ledesma, ex-prefeito de Caracas, que vive exilado na Espanha. Ledesma é um importante apoiador e conselheiro de Maria Corina Machado, atualmente a principal candidata da oposição à presidência. Em 23 de Agosto, o regime fez com que a sua Assembleia Nacional, nas mãos de Maduro, passasse a gerir as eleições e garantir a sua justiça. Escolheu Elvis Amoroso para liderar o Conselho. Amoroso recentemente, na sua qualidade de Controlador-Geral, desqualificou as candidaturas da maioria dos líderes da oposição – começando por Maria Corina Machado e incluindo outros líderes importantes como Leopoldo López – tornando impossíveis as eleições justas. Em 2019, Amoroso proibiu o ex-presidente interino Juan Guaido de concorrer ao cargo durante 15 anos. Amoroso está sob sanções dos EUA e do Canadá desde 2017. O Tesouro dos EUA sancionou-o como parte de um grupo “associado a minar processos eleitorais, censura aos meios de comunicação ou corrupção em programas alimentares administrados pelo governo na Venezuela”.
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