VEREADORES E MORADORES DE RIO GRANDE ENTRAM EM VIGÍLIA A ESPERA DA DECISÃO DA ANEEL SOBRE TERMELÉTRICA
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se comprometeu dar uma decisão final até o final deste mês se permite ou não o Grupo Bolognesi construir a termelétrica na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. E até o final do mês a cidade vai viver esta expectativa. Esta semana o prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer, esteve em Brasília, para falar sobre a importância da realização deste projeto que pode criar 3 mil empregos diretos na cidade, que vive uma depressão econômica depois do fechamento do Estaleiro Ecovix e das dificuldades que o setor naval atravessa na região com a falta de encomendas. Os vereadores e alguns moradores iniciaram uma vigília no local onde deverá ser construída da termelétrica. E só prometem terminar o movimento depois de uma decisão favorável da ANEEL.
No dia 3 deste mês, a agência reguladora decidiu continuar um processo para revogar a autorização concedida à Bolognesi para a construção da termelétrica Rio Grande. A ANEEL havia anteriormente dado prazo até o final de agosto para que a Bolognesi comprovasse condições de construir a usina ou a vendesse a terceiros que pudessem garantir a entrega do empreendimento no prazo acertado em contrato. A termelétrica tem com cerca de 1,2 gigawatts de capacidade. Em reunião de diretoria da Aneel no início do mês, a Bolognesi disse estar prestes a transferir o projeto da usina Rio Grande ao Fortress Investment Group, dos Estados Unidos, mas os diretores da agência entenderam que ainda assim haveria riscos de o empreendimento não ser viabilizado.
A Bolognesi chegou a levar a Brasília um diretor do Fortress Investment Group, que garantiu que a empresa conseguiria construir a termelétrica sem precisar recorrer a recursos de terceiros e que o prazo seria cumprido. Vencedora de um leilão de energia realizado pelo governo em 2014, a termelétrica precisaria iniciar operação comercial em 2020. O empreendimento é orçado em mais de 3 bilhões de reais, mas a Bolognesi vinha buscando parceiros ou a venda do projeto devido a dificuldades financeiras para tocar sozinha a construção.
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