VIBRA ENERGIA NÃO PODERÁ USAR A MARCA DA PETROBRÁS EM SUA REDE DE POSTOS DE COMBUSTÍVEL A PARTIR DE 2029

A Petrobrás tomou uma decisão importante hoje que pode acabar com uma confusão com a sua própria marca. A empresa vendeu a BR, mas permitiu que os novos proprietários usassem a marca que lembra os antigos postos Petrobrás. Foi um truque de marketing. Mas que acabava confundindo todo mundo. Mas hoje (10), a empresa anunciou que não tem interesse em renovar a licença de uso de suas marcas para a Vibra Energia nos atuais termos de um contrato, que termina no final de junho de 2029. Entre as marcas estão a da rede “Postos Petrobrás”, a de querosene de aviação “BR Aviation” e as gasolinas “Podium” e “Grid”.

No seu comunicado a empresa diz que: “O referido contrato seguirá vigente, sujeito aos termos e condições contratuais. A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobrás. Qualquer decisão observará a governança da companhia. Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados pela companhia.”

Esta decisão deixa no ar até a possibilidade de a Petrobrás voltar ao mercado com o mesmo espírito do que a BR fazia. A empresa está num processo de reestatização desde que o governo petista assumiu a empresa, com apoio de sindicatos e federação dos petroleiros. O movimento, aparentemente em conjunto, de FUP e empresa, dedica-se a retomada da Refinaria em Salvador, pertencente hoje ao Grupo de investimento árabe Mubadala. A Vibra terá que criar uma nova marca para substituir o layout de seus postos. Seja o que for, começará grande. Mas terá tempo para isso. Pelo menos mais cinco anos, a não ser que haja negociações e indenizações a serem estabelecidas. A Vibra realça a parceria com a Petrobrás e a usará a confiável bandeira da companhia em seus mais de 8 mil postos no Brasil até o fim do contrato. Mas vão precisar se mexer e investir em uma nova marca a partir de hoje, dia 10.

E mostrando um entrosamento afinado, a  Federação Única dos Petroleiros (FUP)  divulgou um comunicado horas depois do anúncio da Petrobrás, saudando a decisão da empresa em não renovar a licença de uso de marcas para a Vibra Energia.  E quer pressa neste rompimento, porque entende que é preciso avançar mais, pois o atual contrato vai até o fim de junho de 2029. “Antes tarde do que nunca. Mas precisamos acelerar mais“, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. Ele ressaltou que “o contrato firmado com a Vibra na gestão passada é draconiano à Petrobrás, pois a estatal não pode, sequer, usar sua própria marca”. Em sua opinião, o contrato com a Vibra tem que ser questionado na Justiça. “A FUP junto com a Anapetro  (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás) farão isso.”