VISITA DO PRESIDENTE DE EL SALVADOR À ARGENTINA VAI CELEBRAR UM ACORDO NUCLEAR PARA FINS PACÍFICOS ENTRE OS DOIS PAÍSES

O governo Millei está compreendendo a importância da energia nuclear e estimulando a expansão dos conhecimentos da Argentina neste campo para El Salvador. O governo salvadorenho está embarcando em um programa de energia nuclear e já assinou um memorando de entendimento com a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina. O memorando foi assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA), Germán Guido Lavalle, e pelo diretor da Agência para a Implementação do Programa de Energia Nuclear (OIPEN) de El Salvador, Daniel Alejandro Álvarez. Para Lavalle, “Este é, sem dúvida, um grande passo no desenvolvimento da energia nuclear para El Salvador, e nós da CNEA estamos orgulhosos de poder acompanhar e auxiliar nesta etapa inicial tão importante, que, sem dúvida, trará benefícios concretos para a sociedade salvadorenha. Nossa longa tradição de treinamento de recursos humanos na região latino-americana, por meio de nossos institutos acadêmicos, será disponibilizada mais uma vez no âmbito de um entendimento interinstitucional, com grande impacto para gerar capacidades locais e fortalecer as aplicações da tecnologia nuclear para fins pacíficos.” A Argentina tem uma longa história em energia nuclear. Ela tem três reatores operáveis – o primeiro dos quais começou a operar em 1974 – e um pequeno reator modular em construção. Ela tem vários reatores de pesquisa e o reator multipropósito RA-10, um reator do tipo piscina aberta de 30 MWt, está atualmente em construção.

O acordo que estava entre vários bilaterais coincidindo com a visita à Argentina do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, inclui a promoção da troca de informações, visitas científicas e técnicas, missões de especialistas e oportunidades de treinamento. O presidente do país anunciou em março a ambição de adotar energia nuclear. Na Conferência Geral da AIEA do mês passado, em Viena, Alvarez expôs a ambição de El Salvador de “diversificar nossa matriz energética sob três premissas: depender menos de recursos externos, cuidar do meio ambiente e, por último, mas não menos importante, transformar a vida de nosso povo, com energia acessível que lhes permita realizar seus objetivos e sonhos… com o compromisso de incorporar a energia nuclear em nossa matriz energética, cumprindo os mais altos padrões internacionais e de acordo com os tratados que El Salvador ratificou perante a Agência Internacional de Energia Atômica”.