VITÓRIA DE TRUMP GERA TENSÃO NOS MERCADOS, MAS AINDA É VISTA COMO INCÓGNITA PELA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO
A surpresa do mundo com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos ainda está sendo digerida pelos quatro cantos do globo, mas é vista como uma grande incógnita no setor de petróleo e gás. As bolsas amanheceram em fortes quedas após o resultado do pleito americano, e o preço do petróleo Brent chegou a cair quase 4%, mas após os primeiros momentos de tensão passou a operar de modo relativamente estável.
A relação do bilionário com o Oriente Médio, com a Rússia e a Venezuela pode ditar as próximas oscilações, além do fator “imponderável”, que são seus rompantes e suas atitudes desmedidas em alguns momentos, como aconteceu em vários momentos da campanha eleitoral.
Um dos resultados mais prováveis para a indústria de petróleo é que o caminho para a alta dos preços do barril de petróleo deve se tornar um processo mais difícil e demorado, como a própria OPEP já tinha previsto esta semana, em um relatório que apontou a volta para a casa dos US$ 60 por barril apenas para 2020. Isso antes da eleição de Trump.
Agora, a expectativa é que esse cenário se torne ainda mais conturbado, já que o slogan do americano, “Make Ameirca Great Again (“Torne a América Grande Novamente”), induz os analistas a entenderem que ele não moverá qualquer dedo para reduzir a velocidade dos projetos de exploração de shale gas, que tiveram um impacto significativo no preço do barril nos últimos anos, já que levaram os Estados Unidos a um novo patamar de produção de óleo e gás em seu próprio território.
No entanto, como Trump ainda é considerado uma pessoa extremamente imprevisível, suas decisões no campo geopolítico e de defesa, com uma postura mais brusca no cenário internacional, podem fazer os preços subirem em função de indicadores de instabilidade global.
Enfim, enquanto ele comemora a vitória vista por muitos como inacreditável, investidores e analistas ao redor do mundo esperam atentos para ver qual será o ritmo e a intensidade da “montanha-russa” Donald Trump na presidência da maior potência mundial.
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