VLADIMIR PUTIN ASSINA UM ACORDO COM “PARCEIRA SEM LIMITES” COM A CHINA, MAS A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO GASODUTO ENTRE OS DOIS PAÍSES É ADIADA | Petronotícias




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VLADIMIR PUTIN ASSINA UM ACORDO COM “PARCEIRA SEM LIMITES” COM A CHINA, MAS A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO GASODUTO ENTRE OS DOIS PAÍSES É ADIADA

puAparentemente não foi alcançado o objetivo principal da viagem do presidente russo, Vladimir Putin, à China, na semana passada. Ele queria garantir  um projeto fundamental para as esperanças do setor energético de Moscou, muito embora o encontro de Putin com Xi Jin Pin tenha produzido um comunicado onde se falava em “ nova era” e “parceria sem limites” entre Rússia e China. Apesar disso, Putin deixou Pequim sem o contrato que tanto esperava para a construção de mais um gasoduto entre os dois países, o seu maior mercado de exportação de gás. A construção foi adiada para um outro momento. A Rússia compensou alguns negócios perdidos durante a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, redirecionando o gás natural e o petróleo para a China. Essa relação continua a aprofundar-se com o primeiro gasoduto Power of Siberia, que deverá atingir a capacidade total este ano e canalizar 38 bilhões de metros cúbicos (bcm) para a China anualmente. No entanto, a importância descomunal do mercado chinês dá à Pequim mais controle sobre os termos. O gás está fluindo para a China a uma taxa de US$ 257 por 1.000 metros cúbicos, em comparação com os US$ 320 dos demais mercados europeus, e esse desconto deverá aumentar para 28% no próximo ano.

A declaração conjunta de Putin e Xi  divulgada após as suas conversações mais recentes mencionou apenas um compromisso vagamente formulado para aprofundar agaso “cooperação no domínio do petróleo, gás natural, gás natural de petróleo liquefeito, carvão e eletricidade”; facilitar o “transporte desimpedido de recursos energéticos”; e promover “grandes projetos energéticos conjuntos”. A declaração também caracterizou os laços sino-russos como um modelo para as relações internacionais, contrastando isto com o “confronto de bloco” e a “hegemonia” da ordem liderada pelos EUA.

A visita de Putin ocorreu apenas duas semanas depois de o gigante estatal russo do gás, a  Gazprom,  ter relatado ter perdido dinheiro no ano passado pela primeira vez em mais de duas décadas, aumentando a pressão para que o Power of Siberia-2 acontecesse. Espera-se que o gasoduto redirecione anualmente 50 bcm (1,8 biliões de pés cúbicos) de gás natural para o norte da China, uma capacidade comparável aos 55 bcm que os gasodutos Nord Stream bombeavam para a Alemanha antes de serem sabotados em 2022.

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