VOLATILIDADE DO MERCADO DE GÁS NO INVERNO EUROPEU FAZ PETROBRÁS REVER CÁLCULOS DE AUMENTO DO GÁS DE COZINHA
O bom senso levou a Petrobrás rever os métodos para aumentos pelo menos do gás de cozinha. O Grupo Executivo de Mercado de Preços (GEMP) da Petrobrás reuniu-se para avaliar os resultados da metodologia que vem sendo aplicada desde junho aos reajustes do GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13 kg. A conclusão do GEMP é a de que, embora os preços do GLP praticados no Brasil devam ser referenciados ao mercado internacional, esta metodologia necessita ser revista. O fundamento para isso é que o mercado de referência (butano e propano na Europa) está apresentando alta volatilidade nos preços, agravada pela sazonalidade (inverno) naquela região. Desta forma, a correção aplicada esta semana foi a última realizada com base na regra vigente.
A empresa informa que o objetivo da revisão será buscar uma metodologia que suavize os impactos derivados da transferência dessa volatilidade para os preços domésticos, sem perder de vista, de um lado, a necessidade de praticar preços para o GLP referenciados no mercado internacional, e, de outro a Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.
Além disso, o GEMP registra que a metodologia a ser definida buscará não perpetuar os efeitos sazonais desfavoráveis (inverno) já ocorridos.
Esta revisão se aplicará exclusivamente ao GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13kg, e não terá reflexo sobre os demais derivados comercializados pela Petrobrás. Se este bom senso fosse usado durante o furacão Harvey, os combustíveis não teriam subido tanto. A justa decisão de não atrelar os preços a volatilidade do inverno no hemisfério norte, faz a empresa andar três casas pra frente. Mas para ganhar uma próxima jogada, deveria rever também os anúncios diários nos preços dos combustíveis que causa grande transtorno para as refinarias, distribuidoras e, principalmente, para o consumidor.
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