WESTWOOD PREVÊ DEMANDA POR SONDAS EM ALTA ATÉ 2026, IMPONDO DESAFIOS NA REDUÇÃO DE EMISSÕES DESSAS EMBARCAÇÕES

A crise energética que surgiu neste ano por conta da Guerra da Ucrânia e a crescente importância da segurança energética reforçaram que a exploração e produção de petróleo e gás provavelmente continuará a desempenhar um papel essencial no mix de energia nas próximas décadas. O ano de 2022 trouxe consigo um aumento contínuo na demanda, impactando positivamente também a utilização e taxas diárias de sondas de perfuração, que atingiram níveis máximos não testemunhados desde 2014. Segundo uma recente análise da Westwood Energy, esses índices devem continuar subindo até 2026. Isso significa que as emissões da frota de perfuração aumentarão à medida que mais unidades forem colocadas para trabalhar.

“Os empreiteiros de perfuração reconhecem que devem continuar fazendo seu trabalho, mas da maneira mais eficiente e ambientalmente responsável possível, em uma tentativa de alinhar-se com o Acordo de Paris, alcançar suas próprias metas climáticas e ser mais sustentável a longo prazo. Alguns estão no início de suas jornadas de redução de emissões, enquanto outros trabalham em tecnologias, projetos e estudos de redução de emissões há vários anos”, disse a diretora de pesquisa da Westwood, Teresa Wilkie.

Em termos de adoção de sondas adaptadas de baixa emissão, a maioria está sendo colocada para trabalhar no Mar do Norte, com uso na Noruega especialmente alto devido à tributação de carbono, regulamentos e incentivos. Enquanto isso, essas plataformas também são contratadas no Golfo do México e na América do Sul, e algumas foram ou estão planejadas para operar na África, Mediterrâneo e Australásia também.

Uma variedade de esforços está sendo realizada por empreiteiros de perfuração em uma tentativa de atingir suas metas e reduzir suas pegadas de carbono. Tais medidas incluem a atualização de plataformas com eficiência energética e sistemas de rastreamento de emissões, bem como software de análise de combustível, energia e emissões, realização de testes de combustíveis alternativos, bem como adoção do uso de aditivos de combustível.

“Claro, também é dada muita ênfase a várias medidas que podem ser tomadas para reduzir o tempo gasto para perfurar um poço, como uma forma particularmente eficiente de reduzir as emissões durante uma campanha. Além disso, a maioria dos empreiteiros de perfuração também está implementando treinamento de equipes para desempenho de gerenciamento de motores, bem como incentivos para conscientização e reduções de emissões”, acrescentou Teresa.

As petroleiras também têm metas climáticas ambiciosas a cumprir e vários estão usando plataformas de baixa emissão atualizadas ou fazendo parceria com empreiteiros de perfuração em esforços de redução de emissões durante campanhas de perfuração, em uma tentativa de reduzir suas próprias emissões de Escopo 1.

A Equinor está liderando o caminho em termos de contratação de plataformas atualizadas, o que não é surpreendente, considerando que a maioria de suas operações está baseada na Noruega. A operadora tem uma meta ambiciosa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa de escopo 1 de plataformas de perfuração e floatels e as emissões de escopo 3 de embarcações contratadas – 50% até 2030 (linha de base de 2005) offshore na Noruega e 50% até 2050 (linha de base de 2008) globalmente. Shell, Chevron, Aker BP e Petrobrás também estão entre os cinco principais usuários dessas plataformas.

Existem vários desafios em torno deste tópico, o que levou a um progresso lento e à adoção limitada de plataformas de baixa emissão para campanhas offshore. Os desafios incluem altos custos de investimento de novas tecnologias, juntamente com uma desaceleração do mercado de plataformas que durou cerca de seis anos, falta de financiamento governamental, legislação e regulamentação de apoio, acessibilidade e disponibilidade de combustíveis alternativos e falta de incentivo de operadoras fora da Noruega.

“No entanto, isso não significa que não haja oportunidades a serem encontradas. Algumas operadoras estão oferecendo incentivos de bônus de redução de emissões em contratos de plataformas, enquanto ativos com atualizações de redução de emissões ganham taxas diárias mais altas, em média, do que contrapartes não atualizadas. Cada vez mais, os documentos de licitação da plataforma solicitam informações sobre emissões, e os empreiteiros de perfuração que podem oferecer credenciais “ecológicas” comprovadas terão uma vantagem competitiva”, finalizou Teresa.