WIPRO RKM AMPLIA FÁBRICA EM PIRACICABA E PLANEJA NOVA UNIDADE EM 2014
Nos últimos anos, especialmente após a descoberta de petróleo na camada pré-sal, o Brasil se tornou um dos mercados mais atrativos para a indústria petrolífera no mundo. Com isso, muitas empresas globais procuram expandir seus negócios para o Brasil por meio de parcerias e joint ventures com empresas brasileiras. A indiana Wipro, que tem expertise em fabricação de cilindros hidráulicos para uso no setor de petróleo e gás, adquiriu em 2011 80% da brasileira RKM visando entrar no mercado nacional. A empresa pretende produzir atuadores hidráulicos para árvores de natal, pensando no pré-sal, e já projeta um forte crescimento para os próximos anos. Dentre as medidas para atender à demanda, estão a ampliação da fábrica em Piracicaba e o projeto de montar uma nova unidade no país em 2014. Para falar sobre a atuação da Wipro RKM e seus planos para o mercado de óleo e gás no Brasil, o diretor comercial da empresa, Gustavo Sacchelli, conversou com o repórter André Dutra.
Como foi o acordo entre a RKM e a Wipro?
A Wipro conheceu o mercado brasileiro todo, tanto os principais clientes quanto os principais concorrentes. A RKM foi a escolhida para a aquisição por ter processos e carteira de clientes similares a da Wipro. A infraestrutura, em termos de equivalência, também satisfez a Wipro no processo de escolha.
Quais são os maiores focos de mercado da empresa?
A Wipro originalmente é muito forte no mercado agrícola, porém como o mercado “quente” agora é o de petróleo e gás, a companhia se especializou em cilindros hidráulicos. Junto com a RKM, o objetivo é fabricar atuadores hidráulicos para árvores de natal, que são bem específicos. O foco para estes atuadores é a exploração da camada pré-sal, que vem sendo cada vez mais acelerada.
Estes equipamentos já estão sendo produzidos?
Sim. Hoje a Wipro RKM já está apta a produzir os atuadores hidráulicos, mas graças a um trabalho de três anos, antes mesmo da aquisição da RKM, em que atualizamos e equipamos nossa fábrica em Piracicaba-SP. No último ano, após a aquisição, foram feitos os últimos ajustes técnicos, e agora já estamos aptos a iniciar a produção.
Os atuadores cumprem as exigências da lei de conteúdo local?
Sim. Nossos produtos irão cumprir a regulamentação, mesmo sendo compostos de alguns materiais de difícil obtenção no Brasil. Eu acredito, inclusive, que a lei de conteúdo local não é a solução ideal para aumentar a competitividade da indústria nacional, penso que é apenas um paliativo. Uma solução permanente seriam reformas tributárias e trabalhistas, principalmente.
Como a Wipro RKM vê a competição em relação aos equipamentos importados? Chineses?
Os principais fornecedores do material que nós produzimos são estrangeiros. Nem sempre exportam o equipamento inteiro, mas sim desmontado ou somente algumas peças. A questão da China é que o país possui produtos de diversas qualidades, então, mesmo sendo mais competitiva que a indústria brasileira, especialmente pelos volumes envolvidos na produção chinesa e pelos preços, não chega a ser um problema tão grande, e assim como qualquer país que tenha custos de produção mais baixos que o do Brasil, deve ser vigiado.
A Wipro RKM teve algum problema com a questão da mão de obra no Brasil?
Ainda não. Nós sabemos que é um gargalo encontrado no país, mas já contamos com profissionais da área, e conforme tivermos mais demanda, estaremos buscando novos profissionais para a equipe.
Quais são os projetos de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa?
Nós não possuímos centro tecnológico, mas já tivemos parcerias de sucesso com universidades. Hoje, com a chegada da Wipro, existem mais de 80 engenheiros no grupo, porém ainda poucos no segmento de petróleo e gás. Isto acontece porque em outras áreas a Wipro faz seus próprios projetos, enquanto em áreas como de petróleo e gás o projeto é sempre do cliente.
Tem alguma unidade nova por vir? Ampliação?
Estamos ampliando a nossa fábrica em Piracicaba, para estender a linha de produtos atual. Também temos um plano de expansão, com a construção de uma nova planta em 2014, com o objetivo de dobrar a produção.
GOSTARIA DE SABER SE TEM REPRESENTANTE EM BRASILIA DF POIS SOU DA ÁREA E QUERIA SABER?