YDF PLANEJA CRESCIMENTO DE 15% AO ANO NO MERCADO DE VÁLVULAS E MODERNIZA SUA FÁBRICA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A crise que afetou o mercado de óleo e gás, como se sabe, também prejudicou muito as empresas fornecedoras. Em tempos difíceis, a saída escolhida por grande parte da cadeia de companhias foi diversificar negócios. Este foi o caminho que a YDF Valves, de origem chinesa e com presença também no Brasil, escolheu trilhar. “Enquanto os projetos não ocorrem, estamos diversificando. A empresa está investindo em mercados onde temos produtos para atender”, explicou o diretor Sidney Mattos. Porém, os sinais de retomada em óleo e gás estão surgindo e a companhia está atenta às futuras oportunidades. Tendo como base o futuro crescimento no setor de petróleo e a busca de negócios em outros segmentos, a YDF está planejando uma expansão anual de 15% nos próximos cinco anos. A empresa também está expandindo a capacidade de sua unidade fabril no Brasil, na cidade de Sorocaba (SP). “Agora, estamos trazendo novas capacidades para área que já temos, baseado no interesse dos clientes em desenvolver contratos de manutenção, de comissionamento e startup e, para isso, estamos nos preparando”, afirmou o executivo.
Como está o momento de negócio em óleo e gás?
Estamos bem atrelados ao mercado de óleo e gás. A maioria dos nossos produtos são voltados a este setor. Aqui no Brasil, apesar do otimismo geral e da expectativa de retomada, no dia a dia ainda não está acontecendo. Em termos de volume de cotações e de negócios, a realidade é que estamos bem próximos ao que estávamos em 2017, que foi um ano terrível para todo mundo. Então, seguimos otimistas que as coisas ainda vão acontecer em um breve período. Mas, a partir do segundo semestre, as discussões vão estar voltadas para as eleições e não sabemos como isso pode afetar ou não os negócios. A expectativa que tínhamos no final do ano passado para 2018 não se realizou. E os volumes de negócios estão bastante aquém do que foi projetado no início do ano. Independente disso, nosso plano de investimento ocorreu, e mantemos a nossa esperança e investindo para atender ao mercado.
Como a empresa tem superado a crise que afeta o setor?
Enquanto os projetos não ocorrem, estamos diversificando. A empresa está investindo em mercados onde temos produtos para atender. Nós estamos desenvolvendo nossa cadeia de representação no Brasil, que estava muito focada em óleo e gás. Agora, estamos em franco processo de contratação de novos representantes. Buscamos participação maior em papel e celulose, açúcar e álcool, siderurgia e mineração. Continuamos com um foco bastante grande em melhorar nossa disponibilidade de material para pronta entrega. Desta forma, tentamos manter o volume de negócios em um patamar mínimo necessário até que os demais projetos surjam.
Quais os principais projetos que estão sendo prospectados?
Estamos participando de tudo que está no mercado em cotação. Em todos eles, sem exceção, estamos participando diretamente ou por meio de parceiros. O problema é que tem muita coisa acontecendo, mas ainda o fechamento não ocorreu. Vários projetos que estavam previsto para o primeiro trimestre foram para agosto ou setembro.
Recentemente, a empresa fez uma fusão com uma empresa do setor de válvulas. Fale um pouco sobre essa operação.
A Triple M era uma empresa do ramo de válvulas no Brasil, que tinha um sócio americano que era a IPPG Brazil – que fica sediada em Houston. Até então, era uma empresa multimarcas, que representava uma série de fabricantes de válvulas mundiais. Ela representava também a YDF, que é uma grande fabricante chinesa. A partir da avaliação dos negócios no Brasil, a YDF comprou 40% da IPPG. A Triple M passou a ser 40% da YDF e 60% da IPPG. Desta forma, a IPPG passou a representar exclusivamente a YDF e todo seu portfólio. Estamos na fase final de alteração da razão social da empresa, ainda em maio deve estar tudo regularizado.
O que virá de novo a partir desta fusão?
De imediato, o portfólio de produtos da YDF, que é muito amplo, não teve variação significativa do ano passado para cá. o que mudou é que incluímos em nosso foco a questão de serviços, tanto os de startup como os de pós-venda. Existe uma série de projetos em andamento em nossa matriz, na matriz, para desenvolvimento de novos produtos. Hoje, podemos garantir que temos condições melhores para projetos projetos especiais, com válvulas de grandes diâmetros. Para todos esses projetos grandes que estão ocorrendo no Brasil, com válvulas especiais, temos condição de desenvolver o projeto específico para esta aplicação. Muitas das demandas do pré-sal, por exemplo, estão trazendo oportunidades bastante interessantes.
Em relação à expansão física, quais são os planos?
Ocupamos uma área fabril, em Sorocaba (SP), em torno de 7,5 mil metros quadrados, onde temos todo o estoque. Agora, estamos trazendo novas capacidades para área que já temos, baseado no interesse dos clientes em desenvolver contratos de manutenção, de comissionamento e startup e, para isso, estamos nos preparando. Temos condição de crescer o negócio em torno de 35% e 40%, visto a diminuição do mercado nos últimos quatro anos. O setor de válvulas teve uma queda acentuada. Assim, conseguimos hoje facilmente aumentar nossa participação entre 35% e 40%.
E como a empresa pretende crescer nos próximos anos?
Nós fizemos um planejamento de expansão para os próximos cinco anos, onde pretendemos crescer na taxa de 15% ao ano. Teremos o crescimento natural do mercado, principalmente em óleo e gás, onde as coisas devem começar a acontecer. Outro fator importante é o advento dos novos mercados de atuação da empresa. É um número factível e estamos trabalhando firme para isso.
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