YOUSSEF TERÁ DE DEVOLVER R$ 55 MILHÕES AOS COFRES PÚBLICOS

Como parte do acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef (foto) deverá devolver R$ 55 milhões aos cofres públicos. Em acordo semelhante, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa deverá devolver mais de R$ 70 milhões. Ambos são suspeitos de participar de um esquema de corrupção envolvendo contratos da estatal e colaboram com as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, em troca de redução de suas penas. Na quarta-feira (29), Youssef recebeu alta do hospital em Curitiba onde estava internado desde sábado (25) e voltou para a prisão.

O executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, também devolverá valores obtidos de forma ilícita. Ele também decidiu aderir ao acordo de delação premiada e terá de ressarcir os cofres públicos em R$ 40 milhões. Os recursos a serem recuperados até o fim das investigações devem aumentar ainda mais caso algumas empreiteiras confirmem a intenção de fazer acordo de leniência, mas, para o Ministério Público Federal, novos acordos só deverão ser assinados em bases ainda mais duras.

Em suas investigações internas, a Petrobrás pediu à Justiça Federal do Paraná para ouvir Paulo Roberto Costa, para apurar irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima (Rnest) e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A comissão interna da estatal quer saber, dentre outras coisas, as razões de ter sido aumentado o valor do projeto da Rnest para US$ 4 bilhões em dezembro de 2006.