ZEMAR ESTALEIRO INICIA OBRAS DE EXPANSÃO EM SANTA CATARINA
Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br)
Presente em Santa Catarina e no Rio de Janeiro, a Zemar prevê um sensível aumento na demanda por embarcações em breve. A companhia, que atua nos segmentos de locação e construção civil em alto mar, começou suas atividades em 2002, em Angra dos Reis (RJ), e hoje já fornece mais de 20 tipos de embarcações, sobretudo para o setor de Óleo&Gás. Segundo Derlam Coelho, gerente geral da divisão Zemar Estaleiro, localizada em Navegantes (SC), a companhia já se prepara para fornecer, a partir de meados de 2014, uma embarcação especial para o transporte de bobinas. O navio, que já tem um comprador, foi encomendado por um armador brasileiro. Ainda de acordo com Derlam, a empresa está implementando um projeto de expansão para uma área de 22 mil m² em Itajaí (SC), visando à construção de novas embarcações, como navios de apoio offshore. Para o executivo, trata-se de atender a uma forte demanda do mercado.
A divisão Zemar Estaleiro atua há quanto tempo no mercado?
Estamos no sul, em Navegantes (SC), desde 2010. Na realidade, a Zemar conta com dois segmentos de negócios: Construção Naval e Locação. A Zemar Embarcações, apenas de locação, fica em Angra dos Reis (RJ), na Marina Verolme. Ela tem embarcações multifuncionais (como os modelos Topa-Tudo) e balsas de apoio, que são voltadas tanto para trabalho em Óleo&Gás, quanto para construção civil em alto mar. Já a Zemar Estaleiro fica em Navagantes. Hoje está construindo um DSV (Diving Support Vessel), três diques flutuantes, uma unidade multifuncional e duas balsas.
Quais são os tipos de embarcações que vocês fornecem?
A empresa fornece mais de 20 embarcações. As unidades mais recentes já estão vindo com a nova realidade do mercado, conforme a necessidade do cliente. São, no caso, as embarcações multifuncionais, que possuem guincho e outros equipamentos especiais. Naquele serviço que o cliente precisar, ela estará ali para te apoiar.
Na parte de construção civil, se a empresa quer construir um píer, um cais, alguma base em alto mar, então ela precisa levar todo o material para lá. Essas embarcações fazem isso. Temos balsas, por exemplo, que trabalham com um guindaste, uma grua, que vai dar o suporte para estaqueamento, ou para deslocamento de material. Ou ainda para fazer o suporte das bases, suprindo-as com óleo, água e materiais diversos.
Vocês têm contrato direto com a Petrobrás?
A gente tem contratos indiretos. Um exemplo é a Oceânica, que é uma empresa especialista em mergulho saturado, de até 50 metros. A gente constrói e fornece a embarcação, do tipo DSV, e a Oceânica leva seus mergulhadores para dar apoio à ligações em rede submersa e outros serviços. Ela trabalha diretamente com a Petrobrás, e a gente constrói as embarcações.
[Esse tipo de embarcação] é bem específica. Construídas no Brasil, acredito que haja apenas quatro ou cinco. Geralmente são embarcações de fora que vêm trabalhar aqui, num caso de afretamento. A Subsea 7 é um exemplo.
Vocês vendem as embarcações, ou vocês alugam essas unidades?
Nesse caso da Oceânica, ela nos procurou para a gente construir, mas a responsabilidade da operação junto à Petrobrás é dela. A gente simplesmente construiu nos moldes que ela solicitou como armadora, na classificação exigida (RBNA, ABS, DNV).
Há outros exemplos no setor de petróleo e gás natural?
A própria empresa BSN Engenharia, um de nossos armadores, é um exemplo. Ela faz serviços de apoio, então precisa de balsa como as que a gente faz. Vamos supor que a Petrobrás esteja num pé de plataforma, algo assim, e precise de um guindaste que chegue até lá. Então o guindaste é colocado sobre a balsa da BSN, que leva até lá; faz o trabalho e depois retorna.
Há também unidades presentes em canteiros de obras da Petrobrás. O navio dispõe de guincho, e um munck que suporta 20 toneladas. Caso precise tirar uma peça que está em cima de um PSV, ou outra embarcação muito grande que não pode ser deslocada, o munck tira a peça, põe em cima do seu convés e transporta. Hoje, de tudo o que é ligado ao mar, 90% é Óleo & Gás. O restante é civil. Então a cadeia de petróleo torna-se um termômetro.
Qual é a embarcação mais recente?
Em breve o nosso navio mais recente será este: um projeto de embarcação para o transporte de bobina de cabos submersos. A construção tem início este ano (o corte da chapa será em novembro), e o prazo de entrega é de oito meses. Então ela já estará operando em 2014.
Já tem um comprador para ela, ou ele surgirá posteriormente?
Na verdade tem um armador, que eu não estou autorizado a informar. É um armador brasileiro, que já nos solicitou esse tipo de embarcação, então já está vendida para ele.
Vocês têm algum projeto de expansão no momento?
Sim. A expansão está acontecendo em Itajaí, com previsão de término em outubro de 2014. O custo inicial é de R$ 30 milhões. A obra é necessária para atendermos à grande procura na Zemar Estaleiro. Em 2012 nós entregamos 11 embarcações e todas no prazo. Isso nos deu grande visibilidade.
Muito importante para Sponge Jet™, que também esta presente em Santa Catarina na cidade de Navegantes/Itajaí, é conseguir compartilhar e disponibilisar uma Tecnologia Ambientalmente correta de um Preparo de Superfície – jateamento com esponjas de poliuretano – Isento de Pó para a Zemar que certamente conseguirá agregar em seu processo de fabricação mais um item importante de garantia de qualidade dos seus produtos e equipamentos e segurança operacional aos seus colaboradores.
Parabéns para Zemar