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COM ABERTURA DE INVESTIMENTOS PARA PESQUISAS NA FLORESTA AMAZÔNICA, ATÉ A SHELL FINANCIA ESTUDOS DA CASTANHEIRA

nanorad-d2-5014Com a abertura do governo Lula para que empresas estrangeiras possam pesquisar as riquezas da flora da Amazônia, começam a aparecer investimentos internacionais para identificação das nossas riquezas. Até a petroleira Shell decidiu colocar inicialmente R$ 4 milhões para pesquisar a Castanheira, uma das maiores árvores da Floresta Amazônica. A espécie escolhida é chave para uma experiência de pesquisas, ensino e extensão em nove estados da Amazônia Legal. O Projeto chama-se  NANORAD’s e tem como objetivo de investigar o efeito da nanomolécula de carbono no solo e na planta, testando-a em diferentes sistemas de cultivo com foco na recuperação de áreas degradadas e impactadas pelo desmatamento. O projeto NANORAD’s estabeleceu uma rede de pesquisa robusta entre instituições amazônicas,castanheira sendo realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI) e a empresa Krilltech Nanotecnologia Agro. A área total destinada para os testes é de 100 mil m², subdividida em sítios com tamanhos iguais de plantio localizados nos estados que constituem a Amazônia Legal: AC, AM, RO, RR, PA, AP, MA, TO, MT.

A nanomolécula (arbolina) é um biofertilizante capaz de aumentar a tolerância das plantas ao estresse provocado pela baixa disponibilidade de nutrientes e água, pela altabreda irradiância solar e temperatura em áreas desflorestadas, em estado de degradação. São condições desfavoráveis que tornam o processo de recuperação do solo mais desafiador e oneroso. O uso da nanotecnologia pode potencializar o crescimento de árvores no campo, na medida em que intervém no processo fisiológico da planta. A arbolina, desenvolvida pela Krilltech, tem demostrado grande potencial para alterar as trocas gasosas, tornando a captura e o uso da luz pela planta mais eficientes.

Alexandre Breda (foto à direita), gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil, disse: “Vamos trabalhar em três frentes: primeiro, junto ao INPA, buscaremos entender como diferentes sistemas de plantio podem auxiliar no reflorestamento. Junto a Krilltech, saber como a arbolina pode influenciar no crescimento de espécies nativas da Amazônia. Por último, com a Treevia, tentar provar um meio de contabilizar o carbono sequestrado pela floresta. Esse projeto contribui para os esforços de recuperação da Amazônia”.

inpaA arbolina será pulverizada em folhas de árvores cultivadas no sistema de plantio puro (somente com castanheiras), misto (castanheiras com outra árvore do bioma local) e sistema agroflorestal (castanheiras combinadas com outras espécies frutíferas, adubadoras, arbustos etc.) “O uso de produtos florestais certificados da Amazônia depende de escala de produção. Somente esses plantios em áreas desflorestadas e consideradas marginais são capazes de entregar esses resultados a partir do uso de tecnologias para o pequeno, médio e grande produtor do setor de produção”, explica coordenador do projeto do INPA, José Francisco de Carvalho Gonçalves (foto à esquerda).

 Além avaliar os efeitos na produtividade e de monitorar o comportamento da castanheira em diferentes sistemas de plantio, o experimentogasparoto controlado pretende medir os estoques de biomassa e acúmulo de carbono em áreas cultivadas com e sem a aplicação da arbolina. “Essa será a primeira vez que uma rede de sensores de crescimento florestal será instalada em todos os estados da Amazônia. Isso permitirá o monitoramento simultâneo em cada um deles, buscando entender qual o efeito que as mudanças climáticas possuem sobre o crescimento das florestas”, afirma Esthevan Gasparoto (foto à esquerda), engenheiro florestal e sócio-diretor da Treevia.

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