RADIX INVESTE EM DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS PARA O SETOR OFFSHORE | Petronotícias




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RADIX INVESTE EM DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS PARA O SETOR OFFSHORE

Por Rafael Godinho / Petronotícias

A Radix foi uma das 20 companhias que tiveram seus projetos aprovados para a próxima etapa do programa Inova Petro, financiado pela Finep e pelo BNDES, com apoio técnico da Petrobrás, e agora está habilitada a apresentar o plano de negócios até 5 de abril. A empresa enviou quatro projetos, sendo que três deles foram aprovados na primeira fase do programa de incentivo à inovação do setor de óleo e gás. As propostas envolvem um vaso separador trifásico, um hidrociclone e um separador eletrostático – utilizados no pré-processamento do óleo nas plataformas – e uma mesma equipe deve cuidar dos três. No intuito de conhecer os projetos submetidos pela Radix, bem como as metas da empresa para 2013, conversamos com o diretor geral, Luiz Eduardo Rubião (foto à esquerda), e o sócio e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Geraldo Rochocz (foto à direita). Eles contaram que um dos objetivos da empresa é passar a ser reconhecida como desenvolvedora de tecnologia, além do renome como companhia de engenharia.

A Radix foi uma das empresas que permaneceram no edital do programa Inova Petro. Quantos projetos foram submetidos?

Luiz Rubião: A gente submeteu quatro projetos ao Inova Petro. Desses, permaneceram três, que são associados à parte de processos e equipamentos. Agora, a gente está avaliando se entra ou não com recurso junto à comissão quanto ao projeto que saiu do programa. Eles não julgaram a viabilidade do projeto, mas alegaram não haver relação com a proposta do edital. De qualquer forma, os projetos que permaneceram são os mais rentáveis para a gente.

Quais foram os projetos submetidos pela Radix ao Inova Petro?

Geraldo Rochocz: Os três projetos estão relacionados com o trabalho de projetar, construir e testar um vaso separador trifásico, um hidrociclone e um separador eletrostático. Esses equipamentos estão envolvidos com a parte de pré-processamento do óleo nas plataformas, como a separação de elementos. O ideal de fazer os três projetos em conjunto é compartilhar a infraestrutura, os softwares desenvolvidos e o pessoal mobilizado. A mesma equipe pode atuar nos três projetos.

Como se deu a eleição da linha temática dos projetos?

Geraldo Rochocz: Primeiramente o edital já indica as linhas temáticas que são apontadas pela Petrobrás com necessidade para o pré-sal. Nessa lista nós identificamos os temas que temos interesse. Nosso interesse é evoluir de uma empresa de engenharia, para uma empresa de desenvolvimento de tecnologia. Estamos consolidados como empresa de engenharia, e queremos ser uma empresa de tecnologia.

Qual é a expectativa da Radix? Qual será a próxima etapa?

Geraldo Rochocz: Estamos bastante otimistas, temos uma equipe muito capacitada para esses projetos. No Inova Petro, a Petrobrás indicou a área de desenvolvimento de tecnologia como sua necessidade no Inova Petro, porque hoje em dia ela tem que importar tecnologia. Em caso de aprovação dos projetos, a Radix vai fornecer essa tecnologia para novas plataformas da Petrobrás. A próxima etapa é o desenvolvimento de um plano de negócios, em função de investimentos, antes de passar para a etapa de liberação dos recursos.

Luiz Rubião: A gente acredita muito na questão das soluções e ideias novas. No Brasil, o mercado de petróleo é complicado, muito concentrado na Petrobrás. Aos poucos, estão surgindo outras operadoras, mas ainda há muita dependência da Petrobrás. Nesse contexto, a gente viu no edital do Inova Petro a chance de abrir novos caminhos. Estou muito esperançoso de chegar ao resultado final. Foi um esforço muito bom da área de Pesquisa e Desenvolvimento. No início, estava um pouco em dúvida, mas o pessoal  abraçou a ideia.

Como foram os avanços da Radix no mercado em 2012?

Luiz Rubião: Um dos segmentos que avançou foi a área de desenvolvimento de software. Fizemos investimentos de um milhão de dólares em função da área de desenvolvimentos. Conseguimos a certificação internacional CMMI (Capability Maturity Model Integration) Nível 3. O mercado de software, ao contrário do de engenharia, é de muito mais fácil acesso. O software é uma coisa que um indivíduo sozinho pode desenvolver, e aquele que é empreendedor consegue desenvolver com mais solidez e agilidade os projetos de software do que em engenharia. Então, perante um mundo de empresas, o cliente busca um diferencial em certificação. O CMMI fala muito como você trabalha e desenvolve o software. Agora queremos colher o CMMI 3 antes de apostar no CMMI 5. O ano de 2012 não foi um ano fácil, e mesmo assim tivemos conquistas.

O que foi bom em 2012 e o que poderia ter sido melhor?

Luiz Rubião: Foi bem positivo para a Radix. Em 2012, a gente conseguiu consolidar algumas coisas que, no primeiro crescimento, precisavam de ajustes. Fizemos isso num momento em que o mercado de Óleo&Gás também teve que “parar para respirar”, com mudanças administrativas da Petrobrás, dificuldades na agricultura etc. Mas conseguimos um resultado bom, com crescimento. Um lance interessante foi a diversificação de áreas e clientes. Acredito que em 2013 vai continuar. Óleo&Gás continua o foco principal da Radix, mas agora a gente não quer ser tão dependente. A gente está se envolvendo no pré-sal, mas também estamos olhando para outros segmentos. A gente usou 2012 para fazer esse investimento e diversificar.

Quais as metas da Radix para 2013?

Luiz Rubião: Temos alguns projetos novos, estamos também com novos clientes. Continuamos a trabalhar com o pessoal do Estaleiro Atlântico Sul e com a Queiroz Galvão, por exemplo. Em outras áreas, até tenho perspectiva de novos contratos, mas ainda não fechamos, então não posso falar. Mas estamos em vias de fechar negócio com dois grandes clientes nacionais, fora da área de petróleo. É claro que, entre os projetos para 2013, temos esperança de uma retomada no setor de Óleo & Gás.

Por que a busca de mercado fora do circuito Óleo&Gás?

Luiz Rubião: Desde o início (2010) já pensávamos na diversificação, apesar de toda a exuberância do mercado de Óleo&Gás naquela época. Agora o assunto é outro, é o gap de projetos. Então estamos começando apenas a pensar em oferecer produtos e ideias que o consumidor pode se interessar, desde educação até pequenas soluções de engenharia em residências, como energias renováveis.

Como tem sido o envolvimento da Radix com o mercado de trabalho?

Luiz Rubião: Essa questão é importante. Quisera eu ter como contratar todas as pessoas boas que eu cruzo pelo Brasil. É muita gente, apesar do discurso ruim sobre o mercado de trabalho. A gente investe bastante em eventos acadêmicos. Fizemos o Geração Desafio, em dezembro, para universitários. Chamamos o economista Sérgio Besserman para uma palestra na área de software. O auditório ficou lotado, foi muito bem sucedido. Alguns virão trabalhar conosco.

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