WILSON SONS VAI EXPANDIR FROTA DE APOIO OFFSHORE, MAS AGUARDA DEFINIÇÕES NO SETOR DE ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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WILSON SONS VAI EXPANDIR FROTA DE APOIO OFFSHORE, MAS AGUARDA DEFINIÇÕES NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

gustavo machadoAo mesmo tempo em que está em compasso de espera, aguardando a definição das mudanças em curso no setor de óleo e gás brasileiro, a Wilson Sons Ultratug Offshore – subsidiária voltada ao setor de apoio offshore – está em preparativos para colocar novas embarcações no mercado nacional. O diretor executivo da companhia, Gustavo Machado, revela que, atualmente, a empresa está prestes a ter duas novas embarcações, uma construída no Brasil e outra no exterior, expandindo sua frota atual de 21 navios. O executivo também explicou que todos os contratos da companhia são com a Petrobrás e, tendo em vista o possível fim da operação única da estatal no pré-sal, Machado afirma que a Wilson Sons Ultratug Offshore está realizando no momento um estudo sobre o futuro do mercado brasileiro. “No curto prazo, a gente quer manter os nossos ativos empregados. Quanto à questão de crescimento, eu acho que o momento é de muito estudo interno. A gente tem que buscar entender como vai funcionar a Petrobrás“, explicou. Ao todo, a empresa possui 19 embarcações em atividade, além de outras duas em fase de prospecção de contratos.

Quantas embarcações da empresta estão em atividade no momento?

Hoje, a gente tem 21 embarcações construídas. Desse total, 19 já estão com contrato. As duas restantes são embarcações estrangeiras, construídas na China, que registramos com bandeira brasileira e que estão em processo de prospecção de contrato.

A companhia pensa em expandir a frota?

Temos mais uma embarcação brasileira para ficar pronta entre outubro e novembro. Ela está no estaleiro da Wilson Sons, no Guarujá (SP) e faz parte dos contratos que conseguimos no Prorefam [Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo] da Petrobrás. Foram duas unidades, a primeira foi entregue em junho. Além disso, tem mais uma embarcação sendo feita no exterior, com previsão para ser finalizada na primeira quinzena de dezembro e que deve seguir o mesmo destino das outras duas construídas nesse mesmo modelo.

Quais os principais contratos em andamento da empresa no setor de embarcações de apoio?

A gente é uma empresa formada com uma estratégia em cima de licitações da Petrobrás, sempre trabalhando com novas construções. A Petrobrás sempre foi a principal cliente. Hoje, as 19 embarcações contratadas estão com vínculo com a Petrobrás. Algumas já tiveram contratos renovados. São embarcações do tipo PSV (Navio de Apoio à Plataforma).

Como está a expectativa de novos negócios?

No curto prazo, a gente quer manter os nossos ativos empregados. Quanto à questão de crescimento, eu acho que o momento é de muito estudo interno. A gente tem que buscar entender como vai funcionar a Petrobrás.

Que tipo de mudanças na Petrobrás podem influenciar a estratégia da companhia?

Você tem aí essa lei que desobriga a Petrobrás a ser operadora única no pré-sal. Essa lei deve ser apreciada logo e nós esperamos que seja aprovada. É um momento da gente aguardar e estudar muito bem o que vai ser feito, os próximos passos. A gente não tem nenhum plano de crescimento a ser divulgado no momento. Nós estamos realizando esse estudo, que passa por mudanças de direcionamento em função do momento da indústria.

As possíveis alterações na política de conteúdo local podem afetar de alguma forma os negócios?

Eu imagino que não, porque temos uma regulação específica para nossas atividades. O conteúdo local vai ter impacto maior na flexibilidade que empresas de petróleo vão ter para conceder seus modelos de exploração. Já para o apoio marítimo, você tem a regulação da Antaq, que dá preferência para embarcações de bandeira brasileira. Nós temos hoje direito a ter navios construídos no exterior por causa da tonelagem das nossas embarcações construídas no Brasil.

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