LÉO PINHEIRO VOLTA A SER PRESO EM NOVA FASE DA LAVA JATO

Leo PinheiroO ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro (foto), parece ter virado o alvo número 1 das autoridades relacionadas à Operação Lava Jato depois que vazaram as últimas informações sobre seu acordo de delação premiada e a subsequente suspensão das negociações com o Ministério Público Federal. Nesta segunda-feira (5), o executivo, que já foi condenado pela Justiça Federal, em primeira instância, a 16 anos e quatro meses de prisão e atualmente cumpria prisão domiciliar, foi preso novamente por uma nova fase da Lava Jato, além de ter sido simultaneamente alvo de um mandado de condução coercitiva por outra operação da Polícia Federal, denominada Greenfield, que investiga desvios em fundos de pensão.

Pinheiro foi preso pela primeira vez em novembro de 2014, durante a 7ª fase da Lava Jato, sendo que sua condenação se deu por crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Nos últimos meses, ele vinha negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público, mas as conversas foram suspensas pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, após o vazamento de um trecho citando o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após o cancelamento do acordo, novos vazamentos indicaram que suas revelações implicariam os ex-presidentes Lula e Dilma, além dos tucanos José Serra e Aécio Neves, mas até agora o Ministério Público não voltou atrás da decisão de suspender a delação.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público, baseado no objetivo de garantir a “ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a segurança da aplicação da lei penal”.

Operação Greenfield

O outro mandado direcionado a Léo Pinheiro nesta segunda-feira é referente à Operação Greenfield, que ocorre em oito estados e no Distrito Federal, voltada à crimes de gestão temerária e fraudulenta contra os fundos de pensão Funcef, da Caixa Econômica Federal; Petros, da Petrobrás; Previ, do Banco do Brasil; e Postalis, dos Correios.

No total, são 127 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília, sendo sete deles de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução coercitiva, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal. Dentre os alvos de condução coercitiva, estão os empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos da JBS.

De acordo com as investigações, o Ministério Público calcula que o rombo provocado pelas fraudes chegue a R$ 50 bilhões, sendo que a Justiça determinou também o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas, no valor aproximado de R$ 8 bilhões.

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