PARKER ABRE CENTRO DE SERVIÇOS EM MACAÉ E PREVÊ TRIPLICAR VENDAS PARA ÓLEO E GÁS EM CINCO ANOS | Petronotícias




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PARKER ABRE CENTRO DE SERVIÇOS EM MACAÉ E PREVÊ TRIPLICAR VENDAS PARA ÓLEO E GÁS EM CINCO ANOS

A Parker, que completa 41 anos no país este mês, está animada com o mercado brasileiro, e estima que suas vendas tripliquem em cinco anos na área de óleo e gás. A empresa está espalhada por vários estados, montou um novo Centro de Serviços em Macaé, no Rio de Janeiro, aberto em maio, e vai inaugurar a segunda fase do projeto em setembro deste ano, de olho nos investimentos em reparos, manutenção e montagens na região. O gerente de desenvolvimento de negócios para a área de óleo e gás da Parker, Jorge Ramos, contou ao repórter Daniel Fraiha que os maiores investimentos da empresa no país são voltados para o setor petrolífero, defendeu a política de conteúdo local e elogiou a administração de Graça Foster na Petrobrás.

Qual é a estrutura da Parker no Brasil para a área de óleo e gás?

A Parker tem nove fábricas no país, sendo uma no Rio Grande do Sul e as outras oito em São Paulo. Nossa matriz fica em São José dos Campos, mas também temos escritórios em Recife, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, Campinas, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, como nossos produtos podem ser usados em óleo e gás ou podem servir a outros setores, não temos unidades voltadas exclusivamente para essa área. Existem partições dentro das unidades, que servem para adequar ou servir às necessidades específicas de cada mercado.

Quais são os produtos da empresa mais requisitados pelo setor de óleo e gás brasileiro?

Temos 400 fábricas no mundo e 1 milhão de produtos diferentes. Um milhão mesmo, não estou falando figurativamente. Fazemos desde produtos para a área subsea, conexões, cilindros, válvulas de alta pressão, até para o topside. Os nossos grandes focos são todos os produtos da área hidráulica, de movimentação de fluidos, além de instrumentos de filtração e, uma área que somos tradicionais, de conexões e válvulas. Sendo que nossos produtos têm alto índice de conteúdo local.

Que mudanças o pré-sal gerou para a empresa?

Como a própria Petrobrás fala, mais de 50% dos investimentos em Exploração e Produção ainda não são no pré-sal, mas evidentemente nos preparamos para uma maior demanda e também fizemos algumas adaptações nos processos, porque as pressões são mais altas. Mudanças que vemos na indústria são o número crescente de estaleiros, epecistas e operadoras que estão vindo, o que vai gerar novos negócios para nós, mas cerca de 90% dos que estão vindo já eram clientes da Parker lá fora. O que tivemos que fazer foi aumentar a força de vendas e a capacidade fabril. E isso já foi feito.

Com a maior complexidade das estruturas voltadas para a exploração em grandes profundidades, a Parker desenvolveu novas tecnologias voltadas para o pré-sal?

Já tínhamos vários equipamentos que alcançavam as pressões exigidas pelo pré-sal. Além destes, estamos fazendo as adaptações nos produtos que necessitam.

A empresa tem algum programa de pesquisa e desenvolvimento voltado para o setor no país?

Essas adaptações, por exemplo, são feitas em parte aqui e em parte no exterior, mas temos uma nova unidade, inaugurada há mais ou menos um ano, voltada para a centralização das nossas pesquisas e do nosso desenvolvimento. A unidade é chamada Parker Engineering Solutions, em São José dos Campos, e possibilitou inclusive uma expansão na área de serviços. Ampliamos esse projeto, com a abertura de uma filial em Macaé, onde vai funcionar um Centro de Serviços nosso. A primeira fase foi inaugurada em maio e a segunda fase vai entrar em funcionamento em setembro. Vamos prestar uma série de serviços, como reparo de cilindros, mangueiras, testes de performance, e vamos fazer até montagens lá. Em Macaé é muito o que se chama de after-market, o pós-venda.

Além do Centro de serviços em Macaé, tem novas unidades previstas?

A Parker cresce organicamente e por aquisição. E essas unidades estão vindo de acordo com o que descobrimos de necessidade de mercado. Essa unidade de Macaé foi um caso desses, porque há muita necessidade de manutenção, recuperação de mangueiras, teste de flushing, reparo de cilindros, entre outras coisas, que são escassas por lá e têm muita importância para a indústria.

Santos e Vitória podem esperar novidades?

Santos vai ser no futuro e Vitória ainda está muito no início. O grande polo de manutenção é Macaé, onde estão todas as empresas mundiais. A segunda fase, prevista para setembro, vai inaugurar a área de vedações, clamps e também aumentará a capacidade de realização de serviços.

Como a Parker vê a questão do conteúdo local no Brasil?

A empresa vê isso como uma atitude do governo brasileiro bastante providencial e boa para o desenvolvimento de tecnologia no país. Achamos que o que não pode existir são excessos, como houve no passado, há cerca de 35 anos atrás, com a Secretaria Especial de Informática, que cometeu alguns exageros. Vejo a Petrobrás bastante consciente disso, acho que tem que exigir e é dessa maneira que o país pode se desenvolver. É a hora disso. Poucos países no mundo têm o nível de investimento na área de óleo e gás que o Brasil tem. É a hora de se trazer a tecnologia para o país.

A Parker tem parcerias com universidades brasileiras para projetos de P&D?

É um caso a caso, dependendo da necessidade. Contratos fixos, como as empresas do Fundão (se refere ao Parque Tecnológico ligado à UFRJ, na Ilha do Fundão, RJ), não. Na área de óleo e gás, temos 6 ou 7 anos aqui no Brasil, e os produtos que a Parker tem não geraram essa necessidade de se fazer um centro de excelência em desenvolvimento.

Quais são as regiões do país que mais interessam à empresa na área de óleo e gás?

Como a Parker é uma empresa geograficamente distribuída, onde tiver óleo e gás, nós estaremos. Evidentemente a área offshore é concentrada em Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, porque é onde estarão a maioria dos investimentos do pré-sal, mas em abastecimento, por exemplo, é mais espalhado. Tem o Comperj (no Rio), a Rnest (Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco), vai ter a Premium I (no Maranhão) e a II (no Ceará), além da expansão das refinarias já existentes.

O que achou do novo plano da Petrobrás?

Acho que é um plano mais pé no chão. Confiamos muito na administração da presidente Graça Foster. Ela é muito técnica, vem de longo tempo na empresa, além de ter montado uma diretoria de altíssima competência. O Figueiredo (diretor de Engenharia) tem uma passagem em quase todas as áreas, o Formigli (diretor de Exploração e Produção) conhece a E&P muito intensamente. Todos são muito qualificados. Os investimentos da Petrobrás estão andando, respeitando prazos, então estamos otimistas com isso. Acho que a mudança foi muito benéfica para a Petrobrás.

Qual a participação do setor de óleo e gás no faturamento da Parker no Brasil?

Hoje óleo e gás deve estar em torno de 30 a 40% do nosso faturamento. Tem aumentado bastante, porque os investimentos cresceram muito, principalmente na área offshore, e vão continuar nesse caminho.

A empresa tem algum plano novo para o setor no país que deve começar em breve?

Nós recentemente temos adquirido algumas empresas, temos planos de expansão em São José dos Campos, também devemos fazer uma ampliação em Diadema. Isso vai ser adiantado ou segurado de acordo com a pressão do mercado. Mas os grandes investimentos da empresa no país são voltados para área de óleo e gás.

A empresa tem alguma parceria com empresas brasileiras em óleo e gas?

Não joint-venture, porque somos uma empresa brasileira, já que estamos aqui há 40 anos. Temos sim adquirido algumas empresas brasileiras, como a Detroit – fabricante de válvulas e conexões – há 3 ou 4 anos. Não temos administradores estrangeiros, quase todos são brasileiros. Somos uma multinacional, mas dirigida por brasileiros. Temos produtos em que somos o maior índice de conteúdo nacional, como geradores de nitrogênio, muito utilizados em plataformas. Temos unidades hidráulicas – HPUs – com altíssimos índices de conteúdo nacional, estamos nacionalizando o dessanilizador de água, além de todas as nossas conexões serem nacionais.

Vocês possuem muitos produtos que diminuem as emissões de gases e atuam de forma mais limpa. A indústria brasileira tem buscado esse novo tipo de produto? Há realmente essa preocupação no mercado do país?

Existe a preocupação com o meio ambiente, até mesmo capitaneada pela Petrobrás, e os outros seguem. Acho que todas as grandes empresas têm preocupação com isso. É um mercado crescente muito grande. E não só em óleo e gás, mas também em mineração, siderurgia, papel e celulose etc.

Vocês sentem dificuldade em relação à mão de obra no país?

A mão de obra no Brasil é uma coisa que vai encontrar dificuldades nos próximos anos. Hoje, nesse momento, não tivemos esse problema, mas acredito que, como todas as empresas brasileiras, sejam de engenharia ou fabricantes, se os empreendimentos forem acelerados, as dificuldades vão aparecer.

Qual segmento interessa mais à Parker no setor de óleo e gás?

Não tem uma que interesse mais, mas evidentemente nossos maiores investimentos e a maior parcela das vendas são em exploração e produção.

Quais são as expectativas da empresa para os próximos anos?

O crescimento que a gente pretende ter é de triplicar as vendas em cinco anos, se a demanda crescer como está prevista. Dependemos dos projetos irem pra frente, mas estamos muito esperançosos mesmo com isso. Eu diria que estamos 80% preparados para isso, mas se a demanda continuar nesse caminho, vamos expandir. 

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Hello,

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valtair rdrigues
Visitante

tenho trabalhado bastante na bacia de campos e vejo de estrema necessidade a parker ter um a base nesta região pois tem muitos eqipamentos parker nesta região , tanto sendo montado no brasil como também está vindo de fora estou a dispor de voces caso nessitam de meu trabalho me invie um email.

João Carlos de Oliveira
Visitante

Srs,trabalho na área de isolamento interno de tubos da Petrobras e outras.Tenho mais de 30 anos de experiência em pneumática,hidráulica e eletro eletrônica.Montei mais de 9 máquinas com equipamentos Parker,trazendo boa economia para a Empresa, na qual eu trabalhava.
Gostaria de fazer parte do quadro de colaboradores da Parker em Macaé.
Sds!
João.