CRESCE NO MERCADO A EXPECTATIVA DE PARCERIAS PRIVADAS PARA PRODUÇÃO DE URÂNIO | Petronotícias




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CRESCE NO MERCADO A EXPECTATIVA DE PARCERIAS PRIVADAS PARA PRODUÇÃO DE URÂNIO

pb 3A chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto e o comando da economia nas mãos do ministro Paulo Guedes são fatos que devem dar um tom mais liberal ao mercado brasileiro também na área nuclear. No setor, há uma expectativa de que o governo promova parcerias privadas nas atividades de pesquisa e exploração de urânio – hoje, sob monopólio do Estado.

A perspectiva vem a partir dos discursos da nova equipe de governo. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (foto), profundo conhecedor do tema nuclear e nome muito celebrado no segmento, deu entrevistas recentes que apontam para uma atenção maior à questão da mineração. “Eu acho que o Brasil tem recursos naturais imensos e temos que saber aproveitá-los. Nós dominamos a tecnologia de combustível nuclear e a de reatores. Temos a sexta reserva do mundo e um terço do nosso território prospectado. Por que não ter essa matriz energética na nossa matriz nacional?”, questionou, durante coletiva no Rio de Janeiro.

Na política nuclear brasileira, publicada por decreto no apagar das luzes do governo Michel Temer, não há uma menção direta à abertura do setor de mineração nuclear, mas o texto diz que visa “incentivar a produção nacional de minérios nucleares e de seus subprodutos, inclusive nas ocorrências associadas a outros bens minerais, com vistas ao atendimento da demanda interna e das exportações”.

Atualmente, a responsabilidade de explorar o minério de urânio é exclusiva da Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A empresa vive a expectativa de iniciar neste ano a lavra na jazida de céu aberto do Engenho, em Caetité (BA). A produção estimada é de 270 toneladas de concentrado de urânio por ano, volume considerável mas que não será suficiente para atender a demanda das usinas de Angra dos Reis (RJ). Outra mina a céu aberto, a de Cachoeira – também em Caetité -, deixou de ser viável economicamente há cerca de três anos. Desde 2015, o Brasil precisa importar urânio para abastecer as plantas de Angra 1 e Angra 2.

Na visão da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), as primeiras declarações do novo governo foram animadoras. “Para retomar crescimento, são necessárias políticas arrojadas, condizentes com a evolução da economia mundial dos últimos anos, e uma pauta eminentemente liberal. O país tem de se livrar das amarras de que cabe ao Estado o ‘monopólio das jazidas’, que sequer foram descobertas”, declarou a entidade.

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