ESPECIALISTA ALERTA QUE RADIAÇÃO PRODUZIDA POR CARVÃO, SOLAR E EÓLICA É MAIOR DO QUE A DA FONTE NUCLEAR
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Um dos assuntos que mais repercutiram durante o seminário internacional “The World Nuclear Industry Today”, realizado recentemente em Brasília, foi a informação que as usinas térmicas (a carvão), eólicas e solares produzem mais radiação para o meio ambiente do que as plantas nucleares. O dado faz parte de um estudo feito pela Unscear (comitê científico da ONU para estudo dos efeitos da radiação atômica). Para repercutir o tema, o Petronotícias conversou com o presidente da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR), Marcos Amaral. Ele explica que, no caso do carvão, a queima do combustível libera produtos nocivos para a respiração das pessoas, poluindo a atmosfera com particulados radioativos. Já no caso da eólica e da solar, a informação é que as chamadas terras raras (tipo de mineral radioativo) utilizadas para produzir os equipamentos dessas fontes também geram uma quantidade de radiação, desde a sua mineração. Enquanto isso, Amaral afirma que as doses da radiação liberadas por usinas nucleares são insignificantes do ponto de vista de saúde do trabalhador da planta e do restante da sociedade. “Eu mesmo trabalhei com proteção radiológica na Central de Angra. Ao longo de 23 anos na usina, eu recebi 36 milisieverts de dose durante todo o período. O limite para o trabalhador em apenas um ano é de 20 milisieverts”, revela. Ele ainda complementa que “as doses das usinas brasileiras estão entre as menores do mundo”.
O senhor poderia falar sobre a apresentação acerca deste tema durante o seminário internacional da WNU?
O Dr. Abel González fez essa apresentação em nome da UNSCEAR e também como delegado da AIEA. Mundialmente, ele é uma pessoa de reconhecida competência. O tema dessa apresentação é algo que já é da percepção dos especialistas em proteção radiológica e dosimetria de radiações. Quando você produz energia queimando combustíveis fósseis, estes descarregam para o meio ambiente uma série de materiais decorrentes dessa queima. São materiais particulados e gases, com uma quantidade de radioatividade natural bastante significativa.
Já as usinas nucleares não liberam essa radioatividade. Não nessas condições. Todo o ambiente de uma usina nuclear é monitorado e ventilado, passando através de filtros, de maneira que os particulados ficam retidos nesses filtros, normalmente. Já os gases são nobres, de baixa meia vida, e não produzem impactos significativos em termos de dose de radiação.
Queria que o senhor detalhasse sobre a emissão de radiação a partir das térmicas a carvão.
Os produtos naturais queimados do carvão vêm da terra. Eles trazem muitos produtos, como o gás radônio, por exemplo. Os mineiros ficam expostos a este gás, respirando uma atmosfera cheia de radônio. Para se ter ideia, um dos produtos do decaimento radioativo do gás radônio é o polônio-210, material que vai ficar dentro do pulmão da pessoa, porque é particulado.
Essa radioatividade que está no solo será queimada junto com o carvão. A preocupação que existe com as nucleares não existe com as térmicas. Esse material radioativo vai sair pelas chaminés e em uma grande quantidade. Mas na mineração do carvão, a quantidade de doses que os profissionais recebem é muito maior.
E em relação as emissões das nucleares?
As doses da radiação que são liberadas por usinas nucleares para o meio ambiente são todas monitoradas. Elas são insignificantes do ponto de vista de saúde para o trabalhador e para o restante da sociedade. Em contrapartida, as doses de radiação fornecidas por termelétricas são mais preocupantes, porque levam produtos radioativos para a respiração das pessoas, poluindo a atmosfera com particulados radioativos, além de outros tipos de particulados que vão promover outros problemas de saúde. Esses dados são fruto de um estudo do UNSCEAR que o Dr. Abel, muito apropriadamente, demonstrou.
Também foi apresentado o dado de que a construção de usinas solares e eólicas também produz radiação. Poderia explicar isso?
A informação básica é que a quantidade de terras raras utilizada para produzir os equipamentos das fontes solar e eólica também gera uma quantidade de radiação, desde a sua mineração. Quando você contabiliza todo esse ciclo, chega a conclusão de que a produção de radioatividade decorrente de outras fontes é maior do que a da própria nuclear. Isso do ponto de vista daquilo que é liberado para o meio ambiente e daquilo que é exposto ao trabalhador na produção dos insumos para a produção de energia.
O UNSCEAR estimou que as exposições à radiação atribuíveis à geração de eletricidade são geralmente baixas em comparação com a exposição de outras fontes, como naturais ou médicas. E também que as maiores exposições à radiação devido à geração de energia elétrica não são fornecidas pela energia nuclear, mas principalmente pelas usinas de carvão e geotérmicas.
O estudo ainda conta que, surpreendentemente, as maiores exposições oriundas da construção de usinas de energia elétrica são causadas pela instalação de usinas solares e eólicas, o que resulta do uso de minerais de terras raras.
Como as usinas nucleares conseguem reduzir tanto a quantidade de radiação para o meio ambiente?
O controle radiológico é intenso e forte nas usinas nucleares. As fontes de radiação dessas plantas possuem blindagens, controles de defesa e profundidade, além de dosimetrias, planejamentos e o estrito controle do processamento dos rejeitos, fazendo com que nada seja significantemente enviado para o público. E tampouco o trabalho ocupacional é colocado em risco.
A forma mais segura de produção de energia, comprovadamente, é a geração de energia nuclear. Isso é um fato. Devido à preocupação com a nuclear, atingimos um nível de segurança que é incomparável com outras indústrias.
Segundo o Unscear, as atividades médicas geram mais radiação do que a própria geração nuclear. Gostaria que comentasse isso.
No caso do uso médico, que é tão importante, ele gera muito mais doses do que um trabalhador do setor de geração nuclear recebe ao longo de sua vida. Eu mesmo trabalhei com proteção radiológica na Central de Angra. Ao longo de 23 anos de usina, eu recebi 36 milisieverts de dose durante todo o período. O limite para o trabalhador em apenas um ano é de 20 milisieverts.
Eu também fiz duas cintilografias do miocárdio, um exame importantíssimo. Em um único exame desse são cerca de 40 milisieverts. Mas foi muito importante, porque se existisse algum problema eu teria identificado. No caso dos pacientes, não existe um limite [de exposição à radiação], como no caso dos trabalhadores. A justificativa é que o benefício para a saúde do indivíduo é maior do que eventuais prejuízos em decorrência da radiação.
Isso tudo mostra o quanto são conservadoras as exposições as quais os trabalhadores das usinas estão expostos. Eu fui chefe da proteção radiológica da central nuclear de Angra por muitos anos. Me aposentei nessa condição. As doses das usinas brasileiras estão entre as menores do mundo. Não é à toa que, por conta disso, eu fui guindado à posição de chairman do Information System on Occupational Exposure (ISOE), um projeto conjunto da AIEA e a OCDE. O mundo inteiro continua seguindo esse exemplo de Angra, reduzindo as doses de radiação de suas usinas. Chegamos a uma situação tal que as usinas nucleares produzem muito menos dose do que qualquer outra atividade da indústria.
Primeiro: geradores eólicos NÃO utilizam terras raras… absurdo.
Segundo: legal, mesmo, é quando há um vazamento nas usinas nucleares, né? Isso sem falar nos resíduos… pelo amor de Deus…
Desculpe,vou entrar aqui. Mas esta foi a reportagem mais ridicula que já vi. Quanta desinformação!
Geradores eólicos tem magnetos que são feitos a partir de terras raras. Mas mesmo assim, nem toda terra rara é radioativa. Acho que o melhor é fazer um levantamento dos dados por conta própria. Essa notícia é estranha mesmo, mas não é absurda.
Ó Kaio, me fala então como é gerado a energia das hidrelétricas? Eles usam o quê? Imãs de geladeira? Kkkk A coisa mais absurda é dar ênfase a esse que quer comparar o absurdo do uso da energia nuclear com energia solar e eólica. Não tem como. Deve de estar sendo pago. Foram bilhões gastos em Angra 3 pra nada. Dos males o melhor, não concluíram aquela bomba. Mas roubaram e pelo jeito,querem roubando. Fora o perigo pra humanidade e meio ambiente. O certo, é incentivar o uso de Painéis solar pra geral. E eólica para as grandes empresas.
Não meu querido.. Sou estudante de engenharia de energia, e se quiser tirar a prova, manipule placas fotovoltaicas e manipule um pouco de urânio enriquecido… Verás que um desses dois irá destruir sua mão em poucas semanas.. Chenobil não foi com placa solar né? Banana também tem radiação, espero que proibam bananeiras pelo país.
KKkkk Esse cara deve estar sendo muito bem pago pra falar mau de
Energia eólica e solar. Painel solar emitir radiação? Eólica?
É pra rir ou pra chorar? E ainda tem imbecil que acredita.
Ou finge acreditar pra continuar roubando energia, com a desculpa
De que energia tá cara. E agora com a nova desculpa: não quero me contaminação radioativa do painel solar! Kkkkkkk
ainda não se ligou que tem gente (do bem) que tem painéis solar desde que existem. Graças a Deus criei coragem para investir em painel solar. Hoje economizo 130,00 por mês. Fora que a energia da concessionária vai ter aumento constante.
Nossa, energia eólica e solar produzem radiaçao, sem contar que o carvão também, fizeram o estudo com o de certo
Esse assunto é meio político, porque as empresas privadas estão investindo forte na área e se isentando de impostos, que venha o futuro!
Sinceramente, quanta baboseira, só querem vender seu peixe e que se dane todo mundo.
Especialista sem informação esse ai.podia ter vergonha de pronunciar isso kkkkk
Deve envolver política mesmo…
MERCÚRIO METÁLICO NANOPARTICULADO.Presente nos gases naturais Bolivia.
Há sos estudosvque evidenciam a contaminação por mercurio na termeletrica de Campo Grande e em outras termelétricas à gás natural.
Quanta bobagem ….nossa
Nunca vi tantas, mas tantas besteiras, minha nossa!!!. Deve haver aí um enorme equívoco nisso tudo. Energia eólicas e solares, são formas incontestáveis de se produzir energia elétrica de forma extremamente limpa. Não há nem que comparar, essas duas formas com a obtida através das usinas atuais nucleares por fissão atômica. Usinas atômicas são perigosíssimas! Esqueceram do desastre de Chernobyl, em 1986? Hoje Pripyat, a cidade ucraniana, próxima da usina, vive e viverá abandonada por muitos anos, estima-se que só volte a ser habitável daqui a 20 mil anos, face ter explodido 180t de combustível nuclear, sendo 3,6t era urânio… Read more »