FUP APRESENTA PROPOSTAS PARA DAR FIM À GREVE E ACUSA PETROBRÁS DE IMPEDIR TRABALHADORES DE ASSUMIREM SEUS POSTOS
Um novo capítulo da novela da greve dos petroleiros, em uma trama que já dura quase duas semanas. Nesta quinta-feira (13), 13º dia de paralisação, os trabalhadores entraram com uma petição no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com propostas para dar fim ao impasse entre a classe a Petrobrás. No documento, os operários se dizem dispostos a negociar e suspender o movimento, desde que a companhia ouça suas condições.
A primeira delas é suspender as dispensas coletivas na Fábrica de Fertilizantes em Araucária, no Paraná – motivo pelo qual a greve foi deflagrada. Os petroleiros também pedem a suspensão da aplicação de novas tabelas de turno em unidades operacionais da Petrobrás e subsidiárias; além da retomada as negociações sobre estes e outros temas relativos ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com garantia de que esse período de negociação não seja inferior a 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que está liderando o movimento, acusa a Petrobrás de não negociar com os sindicatos. Os sindicalistas ainda dizem que a gestão da empresa “não está permitindo que os efetivos das unidades assumam suas funções para aumentar a produção e reduzir os preços dos derivados de petróleo”. As acusações por parte dos sindicalistas seguem: “Temendo o desabastecimento, a FUP alerta a população para que fique atenta. Sobretudo por temer que a direção da Petrobrás possa provocar de forma premeditada a falta de produtos em algumas regiões do país”.
Do outro lado, conforme já noticiamos, a Petrobrás diz que são os petroleiros que não estão cumprindo a ordem judicial de manter 90% dos trabalhadores em suas funções. A empresa declarou ao Tribunal Superior de Trabalho (TST) que algumas das refinarias ficaram com efetivo zero durante o movimento.
Segundo o último balanço, a greve atinge 53 plataformas, 11 refinarias, 23 terminais, 7 campos terrestres, 7 termelétricas, 3 UTGs, 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de processamento de xisto, 2 unidades industriais e 3 bases administrativas.
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