AMBIENTALISTAS TENTAM IMPEDIR EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA BACIA DE ANGOCHE, EM MOÇAMBIQUE
Eles não falham. Os mesmos grupos de ambientalistas, das mesmas organizações, estão espalhados por todo mundo, as vezes em ações simultâneas. Agora, eles estão na Bacia de Angoche, ao largo da província de Nampula, em Moçambique. Dizem ter realizados estudos de impacto ambiental e alertam para riscos de derrame de petróleo. A abertura dos primeiros poços de pesquisa de petróleo e gás na área A5-B, é liderada pela norte-americana ExxonMobil e deverá iniciar a produção no segundo trimestre do próximo ano. O operador deste bloco contratou a consultora ambiental IMPACTO para avaliar como seriam as atividades de perfuração. A consultoria concluiu que o projeto é de baixo risco e reúne elementos para avançar. A ExxonMobil, operadora do bloco, liderando o consórcio de empreendedores, nomeou a empresa Projetos e Estudos de Impacto Ambiental, (Impacto), em parceria com a Acorn International, como consultores ambientais independentes para a condução do processo de AIA.
Como em qualquer outro projeto de perfuração de petróleo ou gás no mundo, o maior risco está nas consequências de uma possível erupção do poço, ou colisão de embarcações, o que pode resultar no derrame e dispersão de hidrocarbonetos na Baía de Angoche ou em qualquer outra parte do Oceano Índico. Embora a probabilidade de um derrame de hidrocarbonetos seja extremamente baixa, caso ocorra um derrame, os impactos diretos seriam sentidos longe da zona imediata do local das perfurações, na pior das hipóteses, os hidrocarbonetos podem estender-se por muitos quilômetros desde a fonte até às águas e costas fora das águas territoriais de Moçambique.
A intensidade do impacto dependerá do tipo, volume e localização dos hidrocarbonetos derramados e da sua dispersão na altura do derrame. Nos piores cenários possíveis, os habitats marinhos e costeiros sensíveis, bem como os animais marinhos, serão afetados, ameaçando a integridade dos ambientes marinho e costeiro, o que pode acontecer nos 2 dias e meio a seguir ao derrame.
As consequências de um derrame dependem da época do ano, do tipo e quantidade de hidrocarbonetos derramados das condições ambientais dominantes na altura e da eficácia das intervenções de limpeza e remoção. Neste sentido, a ExxonMobil diz que “irá implementar as melhores práticas internacionais,a respeito a operações de perfuração e controlo de segurança operacional, para impedir a erupção do poço e a colisão entre embarcações, diminuindo, assim, a probabilidade de um derrame de hidrocarbonetos. Haverá, também, um Plano de Contingência para Derrame de Hidrocarbonetos, bem como a atribuição de recursos para lidar com um derrame, caso este venha a ocorrer.”
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