ILHAS MAURÍCIO AINDA VÃO VIVER MESES SOFRENDO AS CONSEQUÊNCIAS DO DERRAMAMENTO DE 800 TONELADAS DE PETRÓLEO
As consequências do desastre ambiental na costa das Ilhas Maurício, ainda vão demorar muito tempo para serem amenizadas. O Petroleiro japonês MV Wakashio, que navegava rumo ao Brasil quando encalhou nos recifes de Pointe d’Esny, no dia 25 de julho, começou a a derramar mais de 800 toneladas de petróleo. O petroleiro com 300 metros já foi a pique depois de se partir em dois, mesmo com tentativas de salva-lo em operações de tentativa de salvamento feitos pela França. É o pior desastre ecológico jamais sofrido por estas ilhas paradisíacas banhadas pelo oceano Índico. É uma catástrofe ambiental sem precedentes nestas ilhas de pouco mais de 1,2 milhões de habitantes, cujos manguezais, corais e espécies endémicas atraem anualmente mais de um milhão de turistas.
“O impacto deste derrame de petróleo vai durar muito tempo”, assegurou Mokshanand Sunil Dowarkasing, assessor ambiental das Ilhas Maurícias, defendendo a urgência de uma avaliação independente dos danos causados tanto na fauna e flora marinhas como na economia local. Neste momento a região vive um problema particular especial com os oilfinhos. Dezenas apareceram mortos e muitos outros em condições extremamente frágeis. Não se sabe as causas reais da mortande, mas ambientalistas que estão região dando apoio à população local na limpeza das praias e manguezais, apostam numa consequência do derramamento de petróleo. Os golfinhos mortos apresentam várias feridas e sangue em torno das mandíbulas, contudo sem vestígios de petróleo. Os que sobreviveram, cerca de 10, pareciam muito fatigados e mal conseguiam nadar. A manche de petróleo está se dirigindo para o parque natural Blue Bay Marine, que alberga 78 espécies de peixes e 38 tipos de coral.
O capitão do navio Sunil Kumar Nandeshwa, e o seu adjunto, Tilakara Ratna Suboda, foram detidos pela polícia. O juiz local decretou a prisão preventiva de ambos. A degradação ambiental tem ainda um impacto direto no bem-estar dos cerca de 29 mil mauricianos dependentes do setor pesqueiro, sendo que 4% são mulheres. O petróleo que afeta uma área rica em diversidade marinha e terrestre, também ameaça alcançar nos próximos dias a ilha francesa da Reunião, localizada a cerca de 200 quilômetros do local do acidente. A empresa japonesa Nagashiki Shipping, proprietária do petroleiro comprometeu-se a pagar uma compensação “de acordo com a lei.”
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