CADE DECIDE DAR SINAL VERDE PARA A PETROBRÁS CONCLUIR VENDA DA RLAM ABAIXO DO PREÇO DO MERCADO
Não adiantaram os argumentos nacionalistas, os dados apresentados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e as informações que demonstraram que a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, estava abaixo do preço de mercado. O órgão brasileiro de defesa da concorrência, o CADE, deu de ombros, o sinal verde e o seu OK para que a Petrobrás concluísse a negociação com o Fundo de Investimento Mubadala, um fundo soberano de Abu Dhabi, que vai ficar com a refinaria pagando apenas US$ 1,65 bilhão. Hoje (9), o Diário Oficial da União publicação a decisão unânime.
A operação chegou a ser questionada no Tribunal de Contas da União (TCU) por acusações de que a operação teria sido fechada por valores abaixo de mercado, mas o tribunal julgou improcedente uma denúncia nesse sentido. O Cade destacou que o grupo Mubadala não atua no setor de refino no Brasil, o que faz que a transação possa ser vista como pró-competição, “por gerar desconcentração no setor de produtos derivados de petróleo”. No seu parecer, o órgão lembra que a negociação da refinaria atendeu um termo entre Cade e Petrobrás com o objetivo de diminuir a posição da estatal no setor de refino. Pelo acordo, a estatal tem prazo até o final do ano para concluir os desinvestimentos anunciados no setor de refino.
A Petrobrás tem que ser mais transparente. VALOR REAL DA VENDA DA RELAN: US$ 1,65 bilhões ou US$ 1,155 bilhões. Quem vai assumir o passivo ambiental? Petrobras ou Grupo Mubadala? A par das negociações, uma fonte ouvida em sigilo por A TARDE afirma que tal passivo ambiental é, neste momento, o que ainda atrasa a venda, aprovada em US$ 1,65 bilhão pelo Conselho de Administração da estatal. Segundo a mesma fonte, o contrato prevê que 30% deste valor (US$ 495 milhões) seriam retidos pela Mubadala para custear iniciativas relacionadas ao passivo ambiental. A Petrobras nos deve explicações concretas sobre o… Read more »
Refinaria de 70 anos obsoleta e sucateada. Valor de venda não deve incluir valor emocional.