JAPÃO LANÇA AO MAR MAIS UM SUBMARINO DA CLASSE TAIGEI MOVIDO A BATERIAS DE LÍTIO

O Japão lançou o segundo de uma nova classe de submarinos elétricos a diesel, exatamente um ano depois de a primeira unidade da série ter entrado na água. O novo submarino, que foi batizado de Hakugei, ou Baleia Branca, foi lançado no estaleiro Kawasaki Heavy Industries, na cidade de Kobe. Agora, o submarino passará por testes finais de construção e de mar antes de entrar em operação na Força de Autodefesa Marítima do Japão, em março de 2023. O Hakugei é o segundo submarino da classe Taigei. É um submarino de ataque diesel-elétrico de 3.000 toneladas medindo 84 metros de comprimento e era anteriormente conhecido como a classe 29SS, em homenagem ao 29º ano do reinado do imperador Akihito no Japão. O primeiro classe Taigei foi lançado em outubro de 2020 e começou os testes de mar em julho deste ano. A entrada em operação está prevista para março de 2022.

O comissionamento permitirá que a marinha japonesa continue os esforços para recapitalizar sua frota de submarinos, com o serviço mantendo alguns barcos mais antigos em serviço, pois aumentou o número de submarinos em serviço para 22. A decisão de aumentar a força submarina foi anunciada nas diretrizes do programa de defesa nacional de 2010. Isso ocorre em um momento em que o Japão continua a lançar um olhar cauteloso sobre a modernização militar da China e a crescente assertividade na região.

Como as duas últimas unidades da classe Soryu e do Taigei, o Hakugei será equipado com baterias de íon de lítio como fonte de energia. O Japão conduziu uma extensa pesquisa sobre o uso de baterias de íon-lítio em submarinos desde o início dos anos 2000 e diz que elas exigem menos manutenção e são capazes de durar mais em altas velocidades quando submersas, em comparação com as baterias de chumbo-ácido. Atualmente é o único país conhecido a ter submarinos operacionais usando baterias de íon-lítio. A força submarina aumentada compreenderá oito submarinos da classe Oyashio, os mais antigos, doze Soryus e os dois da classe Taigei. O Japão já instalou mais um submarino da classe Taigei e tem financiamento aprovado para mais dois, o último sendo US$ 602,3 milhões alocados para mais uma embarcação no último orçamento do ministério da defesa.

Para um especialista que não quis se idênticar, não é que baterias chumbo-ácidas estejam totalmente ultrapassadas. Ainda são usadas e sao versáteis. Mas por outro lado, baterias de ion-lítio são mais leves, têm alta densidade de energia e baixo consumo interno aumentando a autonomia. Estas características são ótimas vantagens para instalação em submarinos. Na realidade, baterias continuam com mesma tecnologia eletroquímica básica de mais de 100 anos atrás, ou seja anodo-eletrolito-catodo, até hoje nada diferente deste princípio foi inventado. Entretanto, a evolução com novos materiais para o anodo/catodo, tem tornado muito mais eficiente o armazenamento de energia. O lítio, o grafite e mais recentemente o niobio são alguns, mas precisam confirmar isso.