ABIOVE APRESENTA SUGESTÕES PARA MELHORAR A QUALIDADE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS SEM ONERAR PRODUTOR NO CAMPO
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu uma nova audiência pública para obter subsídios e informações adicionais sobre a minuta de resolução que revisa a especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle de qualidade a serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam o biocombustível em todo o território nacional. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), apresentou uma série de reais melhorias para a especificação do biodiesel brasileiro observando os testes já existentes que asseguram a qualidade do produto. Um dos pontos destacados pela entidade foi justamente a determinação da ANP de introduzir teste inédito no Brasil já com limites definidos sem que se conheçam seus impactos na cesta de oleaginosas existentes, e recomendou cautela para que não se restrinjam matérias-primas estratégicas.
A ABIOVE DIZ que a ANP está atuando de maneira excessiva, ultrapassando os limites necessários para se comprovar a qualidade do biodiesel, muitas vezes atuando contra suas próprias prerrogativas. Para o consultor da associação, Vicente Pimenta (foto à direita), “seria mais prudente conhecer melhor os contornos e as circunstâncias em que os problemas ocorrem no campo, verificar sua causa verdadeira, que pode não ser o biodiesel, e tomar ações eficazes, ao invés de exigir investimentos do produtor para, de maneira genérica, obter um biodiesel super especificado, porém caro”, avaliou. O consultor complementou dizendo que “numa palavra, se os agentes que manipulam o produto depois de sua produção não se cercarem de boas práticas, o rigor solicitado pela Agência pode se perder”.
A ABIOVE concorda que novas especificações devem ser implementadas, mas que haja tempo hábil para que a indústria se adapte a tais princípios, e cita o caso positivo do teste de filtração por imersão a frio. Assim, diz a associação, o produtor do biodiesel realiza o teste, registra os resultados e os envia para a ANP, que só depois de uma análise mais criteriosa, efetiva a definição do limite para que todos possam seguir. O biodiesel brasileiro atualmente, informa a Abiove, “atende a todas as especificações técnicas e normas rígidas exigidas pela ANP e que muitos problemas de campo, atribuíveis à qualidade do produto, porém sem comprovação cabal, na verdade estão relacionados à ausência de boas práticas: manuseio, armazenamento, distribuição e transporte.”
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