IPEA CALCULA QUE MODERNIZAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO E REDUÇÃO DE TARIFAS PODEM AJUDAR A ELEVAR O PIB DO BRASIL | Petronotícias




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IPEA CALCULA QUE MODERNIZAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO E REDUÇÃO DE TARIFAS PODEM AJUDAR A ELEVAR O PIB DO BRASIL

24054352_Net_ipeaDiante dos desafios que a economia brasileira enfrenta atualmente, a modernização do setor elétrico poderá ser um caminho para reduzir os custos da eletricidade e, ao mesmo tempo, estimular o crescimento do Produto Interno Bruto. A conclusão é de um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que traça o impacto de reduções de 10% e 20% no preço da energia elétrica sobre a economia nacional e as economias das macrorregiões brasileiras. O trabalho leva em consideração as discussões sobre o Projeto de Lei nº 414/2021, atualmente em tramitação na Câmara, que trata da modernização do setor elétrico. A expectativa é que o PL promova quedas no valor das tarifas, devido à maior concorrência e liberdade de escolha dos consumidores.

O PL garante a todos os consumidores a possibilidade de escolherem de qual empresa preferem comprar sua energia, não mais sendo obrigados a se contentarem apenas com uma distribuidora. O principal resultado dessa maior liberdade seria o aumento da concorrência – uma vez que os consumidores, tanto residências quanto pequenas e médias empresas, deixariam de ser clientes cativos de uma só distribuidora, abrindo espaço para novos ofertantes”, explicou o presidente do IPEA, Erik Alencar de Figueiredo – que assina o estudo.

linhaO principal resultado do trabalho mostrou que uma redução de 10% no preço da energia elétrica poderia resultar em um crescimento de 0,45 ponto percentual no PIB nacional. Olhando apenas para as macrorregiões brasileiras, Figueiredo calculou que a região que mais se beneficiaria com o desconto na tarifa de energia seria o Centro-Oeste (0,74 p.p de crescimento do PIB). Logo após, aparecem as regiões Sudeste e Sul, em patamar similar: 0,46 p.p. e 0,45 p.p., respectivamente. Por fim, , Nordeste e Norte, teriam benefícios correspondentes a 0,35 p.p. e 0,34 p.p., respectivamente.

Quando se utilizou o modelo de equilíbrio geral dinâmico para estimar os efeitos da redução de 20% no preço da energia elétrica, o resultado obtido foi crescimento de 0,54 p.p. no PIB nacional. Novamente, a região Centro-Oeste seria a mais beneficiada (0,87 p.p). Todas as demais regiões se beneficiariam de variações positivas do PIB em maior magnitude do que quando se simulou a redução de 10%.

usinaO estudo afirma que um dos mecanismos que conduziria a redução do preço da energia para a dinâmica do produto interno bruto (PIB) seria, em primeiro plano, o fato de que a energia mais barata para empresas implica menor custo de produção, maior produtividade e, no final do processo produtivo, mercadorias e serviços mais baratos. Além disso, para o consumidor, a redução do valor da sua conta de energia significa um ganho real em sua renda disponível e a possibilidade de aumentar e diversificar o seu consumo.

Assim, além do efeito direto que a redução do custo da energia tem sobre os consumidores, há ainda outro mecanismo que opera ao longo dessa estrutura interconectada: todos os demais setores passam a ter acesso a um insumo mais barato, tornando sua produção mais eficiente, o que lhes permite aumentar a oferta. Tal mecanismo pode inclusive levar a um aumento do consumo de energia, já que esta agora onera menos a produção de cada setor. O resultado esperado, portanto, é maior consumo e maior produção”, acrescentou o presidente do IPEA.

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