CADEIA DE FORNECIMENTO DE PAINÉIS SOLARES PRECISA DE DIVERSIFICAÇÃO E EXPANSÃO, AFIRMA AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA
As cadeias de suprimentos globais da produção de painéis solares precisam ser expandidas e diversificadas, já que hoje estão atualmente fortemente concentradas na China. A constatação faz parte de um novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado nesta quinta-feira (7). Segundo a agência, as políticas industriais e de inovação chinesas focadas na expansão da produção e dos mercados de painéis solares ajudaram a energia solar fotovoltaica a tornar-se a tecnologia de geração de eletricidade mais acessível em muitas partes do mundo.
Contudo, a AIE alerta que isso também levou a desequilíbrios nas cadeias de fornecimento de energia solar fotovoltaica. A participação da China em todos os principais estágios de fabricação de painéis solares excede 80% hoje, de acordo com o relatório. Em elementos-chave, incluindo o polissilício, isso deve aumentar para mais de 95% nos próximos anos.
“Acelerar as transições de energia limpa em todo o mundo colocará mais pressão sobre essas cadeias de suprimentos para atender à crescente demanda, mas isso também oferece oportunidades para outros países e regiões ajudarem a diversificar a produção e torná-la mais resiliente”, disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. “O nível de concentração geográfica nas cadeias de suprimentos globais também apresenta desafios potenciais que os governos precisam enfrentar”, completou.
A agência conclui dizendo que as adições anuais de capacidade solar fotovoltaica aos sistemas de eletricidade em todo o globo precisam mais do que quadruplicar até 2030 para o mundo alcançar o patamar de zero emissões líquidas até 2050. “As cadeias de suprimentos globais da Solar PV precisarão ser ampliadas de forma a garantir que sejam resilientes, acessíveis e sustentáveis”, finalizou Birol.
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