ESTUDO DA FIRJAN REVELA QUE AUMENTO DA PRODUTIVIDADE PODE GERAR CRESCIMENTO DO PIB PARA US$ 1 TRILHÃO NOS PRÓXIMOS 5 ANOS
O aumento da produtividade pode gerar crescimento de US$ 1,040 trilhão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos cinco anos. É o que aponta um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), destacando que, com esse crescimento – de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões correntes –, o país pode subir da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027. Com o objetivo de contribuir com o crescimento econômico do Brasil e do estado do Rio de Janeiro, a federação elaborou a “Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0“. O documento, com propostas nas esferas federal e estadual, mostra que historicamente o país registra baixa produtividade e que, nos últimos anos, o crescimento do PIB esteve relacionado a fatores que não se repetirão no futuro, como o rápido crescimento da população em idade ativa em relação à população total do país.
O lançamento da “Agenda de Propostas Firjan para um Brasil 4.0” com a participação de centenas de empresários fluminenses aconteceu nesta quinta-feira (18), na sede da federação, no Centro do Rio. No painel “Indústria forte, país mais produtivo”, com a participação de Julio Talon, presidente da GE Celma; Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho de Administração da Ultrapar; Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale; e Rafael Chaves, Diretor de Relacionamento e Sustentabilidade da Petrobrás. O debate teve a moderação de Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, disse que o mundo redescobriu a importância da indústria. “Produtividade é a chave para o avanço da indústria. A Agenda de Propostas da Firjan para um Brasil 4.0 é uma contribuição do empresariado fluminense ao planejamento de políticas públicas para os governos federal e estadual. E a apresentação deste rico documento reitera o compromisso de nossa federação com o fortalecimento do setor industrial e com a retomada do crescimento econômico. A indústria 4.0 precisa de um Brasil 4.0. E um dos primeiros passos para que isso ocorra é a recriação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços”, declarou o presidente da federação.
Por conta desse novo cenário, a agenda apresenta quatro pilares, ressaltando a importância de medidas que finalmente aumentem a produtividade, por meio da melhoria do “Ambiente de negócios”, da “Infraestrutura”, do “Capital humano” e da “Eficiência do estado”. Luiz Césio Caetano, coordenador do Grupo de Trabalho Empresarial que construiu o documento, disse: “Diante das diversas mudanças sociais e econômicas em escala global, é primordial para o Brasil e para o Rio de Janeiro que se avance em reformas e em ações que permitam estabelecer uma rota de crescimento sustentado, baseado na elevação da produtividade. E as propostas de nossa Agenda sugerem claramente os caminhos a serem percorridos”.
A agenda “Propostas Firjan para um Brasil 4.0″ contempla 62 propostas de abrangência nacional e 41 propostas estaduais. Na agenda nacional, um dos principais pontos destacados no pilar “Ambiente de negócios” é a aprovação de reforma tributária que altere o imposto sobre o consumo, transfira a tributação para o destino, simplifique o sistema e equalize a carga entre os setores econômicos. Entre as propostas do pilar “Infraestrutura” está a modernização do setor elétrico, além da redução do custo e do aumento da qualidade da energia. Em “Capital humano”, a agenda destaca a importância de avanços na reforma trabalhista, de modo a adequar a legislação aos novos parâmetros econômicos, tecnológicos e sociais. Já no pilar “Eficiência do estado”, a reforma administrativa é um dos principais pontos.
A agenda “Propostas Firjan para um Brasil 4.0″, com dados sobre o cenário econômico brasileiro, comparações internacionais e as propostas nas esferas federal e estadual, pode ser acessada por meio da página www.firjan.com.br/brasilquatropontozero
Se esse aumento de produtividade vier às custas de desemprego e subemprego com salários ridículos, não terá valido a pena.