ELEIÇÃO DO NOVO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS TERÁ A MÃO FORTE DO GOVERNO FEDERAL | Petronotícias




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ELEIÇÃO DO NOVO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS TERÁ A MÃO FORTE DO GOVERNO FEDERAL

SEDEDaqui a pouco, às 13 horas, começa a assembleia geral extraordinária de acionistas (AGE) para eleger oito conselheiros para o órgão de 11 cadeiras, e escolher o novo presidente do Conselho de Administração da companhia. Dos oito nomes, a tendência é que seis sejam os indicados pela União e outros dois dos acionistas pelos minoritários. O governo federal vai impor os nomes do secretário executivo da Cada Civil, Jônathas de Castro, e do procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Mesmo questionada por alguns, a decisão do governo deverá valer. Politizado na companhia o chamado Comitê de Elegibilidade (Celeg) quer vetar os dois nomes. O Celeg diz que as indicações de Castro e Soriano têm um conflito de interesse insuperável. Castro porque atuaria concomitantemente em pasta que participa de discussões sobre o preço dos combustíveis e Soriano por integrar a alta administração da Fazenda, parte em litígios de natureza fiscal com a Petrobrás que somam quase R$ 110 bilhões. A impressão, no entanto, é  a que o comitê quer manter sua influência dando bolas preta e branca para quem lhes for caro.

Com a posse de Caio Paes de Andrade na presidência da companhia, o Celeg reprovou os nomes de Castro e Soriano. Essa decisão foi acolhida dias depois pelo Conselho e só os seis nomes aprovados indicados pela União constavam inicialmente no edital da assembleia. O governo pretende formar maioria ainda mais alinhada com o Planalto e Paes de Andrade para dar sustentação à nova gestão. Há dois focos nessa nova gestão: um controle maior sobre a decisão dos preços dos combustíveis e a outra, um verdadeiro vespeiro dentro da empresa: o departamento de licitações, que só este ano tomou decisões altamente questionáveis sobre obras de grande porte, como a que agora está sendo discutida: a entrega para a empresa Keppels dos dois FPSOs mais caros da história da companhia e com a possibilidade de um terceiro navio. Encomendas que passariam de US$ 30 bilhões, sem a participação de outros concorrentes. O departamento de licitação é uma empresa independente dentro da companhia, que nem o compliance da empresa ousa mexer. São Intocáveis. Fazem o que querem, mesmo sendo absurdo e contra os próprios interesses da empresa. Nem os presidentes que passaram por lá, ousaram envolver-se. Com Paes de Andrade, será diferente. Pode não ficar pedra sobre pedra.

OBS: Ainda hoje, o Petronotícias trará o resultado da assembleia.

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JOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRAAndre Recent comment authors
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Andre
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Andre

O Departamento de Licitacoes e a turma antiga do E&P de Poços sao os maiores problemas dessa companhia. Nao adianta ter presidente alinhado com Brasilia se essa turma acima so trabalha para os conchavos deles. Tem que mudar todo mundo, desde a Base de Macaé, os mais antigos. O Compliance nao consegue mais fazer nada e as denuncias no GSI em Brasilia tambem nao. Caso sério para o MPF resolver e indiciar no CPF de cada pessoa responsavel pois eles jogam a conta na cia. 36.000 funcionarios pagam por uma pequena turma que ainda faz so o seu e dos… Read more »

JOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRA
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JOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRA

AO EMPRESARIADO PRESTADORES DE SERVIÇOS NO BRASIL NA ATUALIDADE: A Petrobras esta reduzindo a pó a Indústria nacional, ai incluídas as Prestadoras de serviços, principalmente as empresas sérias que não foram contaminadas pelo Petrolão e aquelas novatas que certamente apareceriam para compor o cadastro de fornecedores da Estatal, mas estão pagando a conta do aparelhamento na Petrobras. A Petrobras aproveita as ilicitudes ocorridas na Lava Jato para montar o cadastro de seus fornecedores a seu bel prazer, da forma que melhor lhe convier e exterminar de vez com o conteúdo local. As derradeiras entrevista que concedi a Petronotícias retrata a… Read more »