JUSTIÇA PERUANA DECIDE COBRAR US$ 4,5 BILHÕES DA REPSOL PELO DERRAMAMENTO DE 10 MIL BARRIS PETRÓLEO EM JANEIRO DESTE ANO
O derramamento de 10 mil barris de petróleo no Oceano Pacífico na Costa do Peru ainda está dando pano para mangas, muita dor de cabeça e prejuízos que podem ser bilionários para a petroleira Repsol. Um juiz peruano admitiu um processo de US$ 4,5 bilhões contra a petrolífera espanhola, oito meses depois que um oleoduto submarino de propriedade da empresa causou um derramamento de mais de dez mil barris no Oceano Pacífico. A ação civil pedindo US$ 3 bilhões por danos ambientais e US$ 1,5 bilhão por danos a moradores e consumidores foi movida pela INDECOPI, agência de proteção ao consumidor do Peru. A Repsol disse que o processo não tem mérito, a quantia exigida é arbitrária e que o vazamento não foi culpa dela. O processo, no entanto, aumenta os problemas legais da Repsol. A empresa também está enfrentando uma investigação criminal sobre o vazamento e os promotores proibiram quatro altos executivos de deixarem o país por 18 meses. O Peru classificou o incidente como o pior desastre ambiental do país na memória recente.
A Repsol disse em maio que a limpeza do vazamento custaria US$ 150 milhões. O INDECOPI alegou que os danos ambientais continuam afetando praias e pescadores. “Estamos buscando uma compensação para a população afetada, que vive a 150 quilômetros da costa contaminada”, disse Julian Palacin, chefe do INDECOPI, em um comunicado. Para lembrar, o vazamento ocorreu em janeiro na refinaria La Pampilla, da Repsol, localizada a uma hora ao norte da capital Lima. A Repsol inicialmente atribuiu o incidente a ondas anômalas desencadeadas por uma erupção vulcânica submarina perto da ilha de Tonga, mas desde então transferiu a culpa para um petroleiro. Outros citados no processo incluem a seguradora Mapfre Global Risks e a empresa italiana Fratelli D’Amico Armatori SPA, proprietária do petroleiro de onde o óleo pode ter vazado e não do oleoduto da Repsol.
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