CRESCE O NÚMERO DE DOENÇAS QUE JÁ ESTÃO SENDO TRATADAS COM RECURSOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA MEDICINA NUCLEAR
Cresce o número de procedimentos na medicina usando as modernas tecnologias com base nuclear. As aplicações médicas dessa tecnologia já são usadas em muitos países. Todos os anos, cerca de 30 milhões de pessoas já se beneficiam de um procedimento de diagnóstico ou tratamento por medicina nuclear para pelo menos 60 patologias diferentes. Esses números estão aumentando constantemente. Essas aplicações médicas estão salvando vidas. Elas agora são usadas não apenas na luta contra o câncer, mas também em cardiologia, neurologia, pneumologia e pediatria, na odontologia e medicina veterinária. A tecnologia nuclear médica está progredindo dia a dia e seu escopo se expande para a maioria dos órgãos do corpo humano. As perspectivas para a nossa saúde são enormes. A medicina nuclear utiliza isótopos radioativos (radioisótopos), ou seja, átomos com núcleos instáveis. Essa instabilidade explica porque eles emitem radiação. Em ambientes hospitalares, esses isótopos radioativos são utilizados para diagnóstico e tratamentos. Embora a medicina nuclear seja amplamente utilizada para diagnosticar (90% de 30 milhões de pacientes), ela também é de suma importância no tratamento (10%). Isso é chamado de “radioterapia metabólica ou molecular”, pois intervém próximo ou dentro das células humanas a serem tratadas. É utilizada uma radiação específica de curto alcance. Os radioisótopos têm como alvo as células doentes e as destroem, sem afetar os tecidos circundantes.
O Brasil importa esses radioisótopos principalmente da Rússia, mas também da África do Sul e também da Holanda. A medicina nuclear trata, principalmente, das várias formas de câncer e também muitos pacientes que sofrem de distúrbios da tireoide. Ao contrário da medicina nuclear, a radioterapia padrão usa fontes confinadas de radiação ionizante. Seja fora do corpo (radioterapia externa) ou dentro (radioterapia interna) sem que as fontes possam se mover livremente no corpo. A terapia de prótons é uma das técnicas de radioterapia. A radiação pode ser emitida de fora, sem cirurgia. Os raios também podem vir de uma substância radioativa introduzida no corpo do paciente, especificamente dentro ou nas imediações das células cancerígenas. O objetivo dessas duas técnicas é alterar o DNA de células especificamente cancerígenas para impedir sua multiplicação. A radioterapia molecular é extremamente direcionada: trata apenas tecidos doentes. Células saudáveis no ambiente imediato de um tumor não são ou são apenas minimamente afetadas durante o tratamento com esta tecnologia nuclear.
Os exames e tratamentos com radioisótopos não representam perigo para o paciente ou para o meio ambiente. A radiação radioativa é muito baixa, extremamente direcionada e de curta duração. As doses são administradas e calculadas de forma que a radiação se concentre na célula e irradie o menos possível as células circundantes. Na radioterapia externa, um plano de tratamento é sempre estabelecido antes das sessões de raios. Define, para cada paciente, a dose a ser administrada, o volume alvo a ser tratado, a dosimetria, a balística do feixe de radiação e a duração de cada tratamento. O tratamento é indolor e não dura mais do que alguns minutos por sessão.
Os isótopos são produzidos em cinco grandes reatores nucleares em todo o mundo. Certamente até 2020, e provavelmente até 2025, o mercado de isótopos (tanto para diagnóstico quanto para terapia) será frágil, podendo ocorrer escassez de isótopos quando um desses reatores deixar de produzir. A longo prazo, os isótopos usados para diagnóstico também serão produzidos por aceleradores de partículas. No entanto, ainda não está provado que eles possam ser produzidos em quantidade suficiente para atender à demanda ou que isso possa ser feito a um preço acessível.
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