AUMENTO DE 17% NO PREÇO DO COMBUSTÍVEL PARA AVIAÇÃO VAI IMPACTAR AS PASSAGENS AÉREAS E O TRANSPORTE DE CARGAS

Quem anda de avião para turismo ou negócios, pode preparar o bolso porque vai pagar mais caro pelos bilhetes aéreos. Isso porque a Petrobrás decidiu aplicar um aumento de 17% no preço do QAV (querosene de aviação) para as distribuidoras. Enquanto as companhias aéreas avançam nas conversas com o governo para defender a revisão na política de preços da Petrobrás, sob o argumento de que o custo do combustível se tornou a maior preocupação do setor, a estatal determinou o aumento. As empresas aéreas sentem muito qualquer variação no preço cobrado pelos combustíveis, que representam cerca de 40%  na formação de preços das passagens para passageiros e cargas. A Petrobrás informou em uma nota que desde o início do ano houve um aumento e uma redução, que resultam em alta acumulada de 3,5% em 2023.

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação das Companhias Aéreas), diz que a alta acumulada de 37,8% no combustível dos aviões em 12 meses impacta diretamente o valor das passagens e que, em agosto de 2022, a diferença entre o preço do QAV na bomba no Brasil e nos Estados Unidos registrou pico de quase 50%. Nas primeiras semanas da gestão, a associação se reuniu com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Márcio França (Portos e Aeroportos), Daniela Carneiro (Turismo) e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Fizeram suas ponderações, mas adiantou zero, pelo jeito. Agora, querem apresentar a demanda das companhias para o novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, que já antecipou que haverá mudanças  na política de preços da estatal, sob o argumento de que a maior parte dos combustíveis consumidos no país é produzido em refinarias brasileiras.