OTC FECHA COM CHAVE DE OURO DEPOIS DA PANDEMIA, MAS SENTE A AUSÊNCIA DAS GRANDES OPERADORAS
A OTC Houston 2023 fechou seu quarto dia de realização de forma positiva, porque conseguiu reunir mais de 24 mil pessoas do mundo inteiro, que vieram aos Estados Unidos em busca de negócios e também de encontros onde os novos investimentos começam a ser planejados, porque nascem aqui. A maior parte das empresas brasileiras que estiveram no Pavilhão Brasil, organizado pela Apex, gostou da nova experiência. Aqueles que já haviam participado de outros eventos aqui, confirmaram a importância de estar falando com um selecionado público internacional e, principalmente, nacional.
E aqui, em eventos como a OTC, os diretores da Petrobrás estão mais acessíveis. Os gerentes mais proeminentes também dialogam com os executivos das companhias e também conversam e negociam entre si. Mas a OTC também marcou pela ausência das grandes companhias de petróleo, as grandes operadoras internacionais. Por aqui só estiveram duas gigantes: a Petrobrás e a Saudi Aramco, da Arábia Saudita, a maior petroleira do mundo. Empresas como a Shell, Exxon, Chevron, bp, Total, Repsol, Galp, enfim, as maiores do mundo não querem mais ligar seus nomes aos grandes eventos de petróleo, mas de energia, atendendo a uma espécie de “ditadura do carbono zero”. Estranho, porque há um toque de hipocrisia nisso. Essas empresas continuam a explorar petróleo pelo mundo afora. O mar das Guiana, no norte da América do Sul, o pré-sal brasileiro, o Mar do Norte e as fronteiras petrolíferas da África, são exemplos latentes. E elas só devem parar, muito provavelmente, quando não houver mais petróleo a se explorar economicamente.
No final, o congrassamento entre os empresários brasileiros e a satisfação de mais um evento promissor, como disse Marcelo Bonilha, presidente da EBSE: “Contente pela energia de construção que este evento proporcionou, trazendo progresso para indústria brasileira, que precisa de apoio para poder crescer sem tantas amarras burocráticas e tributárias que engessam as nossas atividades. Membros influentes do governo deveriam estar próximos de toda a indústria para poder perceber este aspecto que quanto menos burocracia e necessidades tributárias, proporcionaremos mais arrecadação para que os governos invistam na sociedade como um todo.”
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