AUMENTO DO USO DO BIODIESEL IMPACTOU A CADEIA DA SOJA, QUE REPRESENTOU 27% DO PIB E GEROU 2 MILHÕES DE EMPREGOS EM 2022
O PIB da cadeia produtiva da soja e do biodiesel registrou R$ 673,7 bilhões em 2022, cerca de 27% de todo o agronegócio nacional. Há 12 anos, esta participação era de apenas 9%. De 2010 a 2022, o PIB da cadeia expandiu 58%; no mesmo período, o agronegócio cresceu 8% e a economia, 12%. Isso indica um aumento consistente da disponibilização de produtos ao consumidor final pela soja e o biodiesel. Os dados fazem parte do mais recente levantamento elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) voltado à geração de informações contínuas de PIB, emprego e balança comercial para a cadeia da soja e do biodiesel.
O critério metodológico adotado é o do próprio Cepea, no qual a cadeia produtiva é estruturada por segmentos que envolvem a própria agropecuária, os insumos, o processamento (agroindústria) e por fim os agrosserviços executados, incluindo comércio, transporte e outros serviços necessários para a movimentação de produtos para atender tanto o consumidor final no Brasil quanto para exportação. Em 2022, a cadeia da soja e do biodiesel gerou 2,05 milhões de ocupações, 80% a mais do que em 2012 (início da série). Com isso, sua participação como geradora de empregos no agronegócio ampliou de 5,8% para 10,8%. Vale destacar que a maior parte da população ocupada (PO) na cadeia está nos agrosserviços, com 1,35 milhão de empregos (+70,5% frente a 2012).
Com relação ao rendimento médio do trabalho, o valor foi de R$ 2.912/mês (29% acima dos R$ 2.257 no agronegócio). Na produção de soja, chegou a R$ 3.417 (115% acima do recebido na agricultura, R$ 1.591). Nas agroindústrias, a remuneração foi de R$ 2.359, com valores mais altos registrados no esmagamento e refino (R$ 2.818) e no biodiesel (R$ 3.192). No mesmo ano, o ganho médio da agroindústria agrícola brasileira foi de R$ 2.277.
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