PETROBRÁS DEFENDE QUE MARGEM EQUATORIAL SEJA UMA QUESTÃO DE ESTADO E ANUNCIA AÇÕES ADICIONAIS PARA LICENCIAMENTO
As ações do IBAMA ao proibir a exploração da Margem Equatorial, que pode ter reservas ainda maiores do que o pré-sal nas bacias de Campos e de Santos, parecem ser agora quase uma chantagem contra a Petrobrás. A proibição estapafúrdia só corrobora com a máxima de um ícone da direita brasileira, Roberto Campos, que revela onde está a ditadura ambientalista da esquerda: “O Brasil não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade”. A rigor, os profissionais do IBAMA não têm a menor condição técnica de avaliar a exploração de petróleo em águas profundas se não tiver o apoio da própria Petrobrás. Parece chantagem, porque o bloco FZA-M-59, objeto do licenciamento ambiental em questão, foi adquirido na 11ª Rodada de Licitações da ANP, realizada em maio de 2013. Na ocasião, o processo de outorga dos blocos ofertados foi subsidiado por pareceres do GT PEG – Grupo de Trabalho que contou com Ibama, ICMBIO e Ministério do Meio Ambiente, e considerou que o bloco FZA-M-59 estava apto a ser ofertado e licenciado, o que leva a concluir que os desafios sinalizados eram todos tecnicamente superáveis. E mesmo depois de todas as exigências da Ministra Marina Silva, que não deveriam existir em um “ país que tem 120 milhões de pessoas passando fome,” a emissão da licença ambiental foi negada.
Essa turma da ditadura ambientalista nada fala da exploração da mesma Margem Equatorial que está sendo feita pela vizinha Guiana. O país, quase sem recursos, está nadando em dinheiro vindo da exploração do petróleo. E apesar de todos esses absurdos, a Petrobrás vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido ao Ibama de reconsideração da decisão de indeferimento da licença ambiental para perfuração do poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, de acordo com procedimento previsto na regulação.
A informação foi confirmada após reunião, ontem (23), na Casa Civil, com representantes dos ministérios de Meio Ambiente (MMA) e Minas e Energia (MME) e do Ibama, quando foram tratadas as ações necessárias para atender aos questionamentos do órgão ambiental. A companhia defende que atendeu além dos requisitos previstos na legislação de referência ao processo de licitação do bloco FZA-M-059 e que cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para o projeto. A estrutura de resposta a emergência proposta pela companhia é a maior do país. Ainda assim, a Petrobrás se prontifica a atender demandas adicionais porventura remanescentes.
Em um comunicado, a empresa diz que “a partir da concessão por meio de licitação, a Petrobrás possui o compromisso firmado com a ANP de realizar a perfuração de oito poços exploratórios na região do Amapá Águas Profundas, na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, sendo que o indeferimento pela inviabilidade ambiental pode resultar em litígio e aplicação de multas, além de comprometer a avaliação do potencial da região, bem como a segurança energética e a própria transição energética justa e segura do país”.
A companhia se comprometerá em ampliar a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque, no Amapá. A unidade atuará em conjunto com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), já construído pela Petrobrás em Belém (PA). Desse modo, na remota possibilidade de ocorrência de um acidente com vazamento, o atendimento à fauna poderá ser realizado nas duas localidades. A distância entre o Centro de Belém e o local da perfuração foi um dos temas de atenção destacados pelo órgão ambiental na sua avaliação do pleito de licenciamento.
A Petrobrás também “ampliará o atendimento à fauna pela base de Oiapoque se junta à proposta apresentada anteriormente que já incluía mais de 100 profissionais dedicados à proteção animal. Foram oferecidas 12 embarcações, sendo duas de prontidão ao lado da sonda para atuação em resposta a emergência e outras duas embarcações para atendimento de fauna com profissionais veterinários e equipadas com contêiners climatizados e equipamentos para estabilização de animais, todas permanentemente dedicadas à operação, que está prevista para durar cinco meses.
E não para por aí. Além das embarcações, a Petrobrás já comprometeu outros recursos, tais como cinco aeronaves que podem ser usadas para monitoramento e resgate, além de unidades de recepção de fauna. “Essa estrutura de resposta a emergência é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas Bacias de Campos e Santos. Reconhecida por sua capacidade técnica e pelo rigor na segurança de suas operações, nunca tendo registrado vazamento de óleo em operações de perfuração, a Petrobras se compromete a adotar as melhores práticas nas atividades de exploração e produção na Margem Equatorial brasileira, num modelo de vanguarda tecnológica que supera todos os projetos já realizados pela empresa, alinhadas com as novas diretrizes da companhia, com foco nas pessoas e prioridade para a sustentabilidade”, detalhou a Petrobrás. A empresa reitera que se colocou à disposição para receber e atender todas as novas solicitações do Ibama. Caso se confirme o indeferimento da licença, a sonda e os demais recursos mobilizados na região do bloco FZA-M-59 serão direcionados para atividades da companhia nas bacias da Região Sudeste.
Meio ambiente, exploração USA uns 200 novos poços no Alasca, França na Guiana a todo vapor, Noruega no mar do norte, pretende explorar lítio no mar, onde estão os ambientalistas, e menina Grata.