OTC BRASIL REVELA O DESEJO DE CRESCIMENTO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS, MAS COM PREOCUPAÇÃO COM A DESCARBONIZAÇÃO DO SEGMENTO | Petronotícias




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OTC BRASIL REVELA O DESEJO DE CRESCIMENTO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS, MAS COM PREOCUPAÇÃO COM A DESCARBONIZAÇÃO DO SEGMENTO

otc-brasil-2023-dialogos-estrategicos-exxonA OTC Brasil 2023, que chega ao seu último dia hoje (26), no Rio de Janeiro, está com um balanço promissor até agora. A feira está mostrando o quanto o setor de óleo e gás brasileiro é essencial para o crescimento econômico, para a garantia de energia e da transição energética. Nesse contexto, a descarbonização do setor foi destaque por aqui. Alberto Ferrin, presidente da ExxonMobil no Brasil, ressaltou, em debate com o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, a visão de longo prazo da companhia no mercado de energia global.  Segundo Ferrin, a perspectiva é que as energias renováveis tenham uma participação maior, no entanto, as atividades em exploração e produção de óleo e gás, terão ainda um papel fundamental na sociedade. “Até 2050, haverá mais 2 bilhões de pessoas no planeta. Ou seja, um aumento de 25%, além da melhoria dos padrões de vida. Para a ExxonMobil, isso vai alimentar o consumo de todos os tipos de energia.”

Carlos Travassos, diretor de engenharia, tecnologia e inovação da Petrobrás, não falou nada do que já se sabia. Ele disse que a descarbonização e a transição energéticaOTC serão lideradas globalmente pelo segmento de O&G. Eletrificação é uma tendência que a empresa está trabalhando no curto prazo: “Já reduzimos 30% de nossas emissões com equipamentos eletrificados.” No segmento de energias renováveis, Travassos indica o interesse da Petrobrás pela tecnologia de unidades eólicas offshore. O executivo ressaltou que a empresa tem conhecimento para liderar este mercado. “Estamos estudando nossa atuação no segmento de eólicas offshore no longo prazo. Temos toda expertise para apoiar o Brasil neste campo de geração de energia renovável.

Na cadeia produtiva atual do segmento de energia, cerca de 70% dos equipamentos já são planejados e operam com foco na descarbonização global. Esta é a avaliação de Armando Juliani, Líder de Soluções EAD da Siemens Energy: A eletrificação é um caminho para diminuir a emissão em determinadas industrias, como a de automotores”. João Caldas, Líder de Analitics, Novas Tecnologias e Inovação da Casa dos Ventos, avaliou que, em 2050, “temos percebido, na última década, um crescimento de 90% de renováveis no grid.” Existem diversos mecanismos para captura e armazenamento de carbono (CCUS) nos OTC 2reservatórios do pré-sal, que podem ser gerenciados com segurança na visão de Jorge Pizarro, coordenador de controle de reservatório da PPSA. “Temos grandes perspectivas para programas de CCUS para o pré-sal nos próximos 20 – 30 anos. Teremos avanço na tecnologia offshore e em estudos econômicos para viabilizar os projetos.” Hoje, a Petrobrás possui o maior projeto de CCUS do mundo no pré-sal, com 23 plataformas equipadas com sistemas de armazenamento. Mais de 40 milhões de toneladas de CO2 foram reinjetados nos reservatórios até 2023 e a meta é alcançar 80 milhões até 2025. Desafios da integração energética no Brasil também foram discutidos no segundo dia de OTC Brasil. Márcio Félix, CEO da EnP, enfatizou que há muito trabalho a ser feito para promover a

FPSO Guanabara no campo de Mero

FPSO Guanabara no campo de Mero

melhor integração entre diferentes fontes de energia. “Teremos a opção de carros elétricos e possuímos milhares de postos de abastecimento, acompanhada de um forte segmento de biocombustíveis. Precisamos balancear infraestrutura existente e novas.”

Operado pela Petrobrás e parceiros, o campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, está às vésperas de completar 10 anos. O FPSO Guanabara, o maior em operação no país, atingiu o recorde de produção de 180 mil barris de petróleo e produção de 12 milhões de m³ de gás por dia. E com a entrada em produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, a capacidade de produção aumentará para 630 mil barris por dia. Até 2025, o campo terá cinco sistemas submarinos integrados, e opera com novas tecnologias para maximizar sua capacidade, como inteligência artificial em 4D para o levantamento de dados geosísmicos. Outras inovações do projeto são a adoção do Wag loop e de um sistema submarino de poços totalmente integrados.

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