CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA ELETRONUCLEAR ACEITA IMPOSIÇÃO DE ALEXANDRE SILVEIRA E VAI MUDAR PRESIDÊNCIA DA EMPRESA
O mundo nuclear brasileiro está vivendo a expectativa do anúncio oficial da saída do atual presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court (foto principal), e a sua substituição pelo advogado Raul Lycurgo, que passará a comandar a maior empresa nuclear do Brasil. A decisão já teria sido tomada numa reunião do Conselho de Administração tensa e cheia de discussões, sob a imposição do Ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, pela saída de Grand Court e pela nomeação de Lycurgo. Silveira, que está viajando na comitiva do Presidente Lula, bateu pé pela saída do atual presidente, mesmo sabendo que Grand Court estaria em viagem numa comitiva brasileira, que reúne grandes empresas nacionais e internacionais que atuam no Brasil, no World Nuclear Exhibhition (WNE), em Paris, uma das maiores e mais importantes feiras sobre o energia nuclear no mundo. Para muitos, a atitude de Silveira tem nome e sobrenome. Pode se dizer que Grand Court foi abatido pelas costas em pleno voo. A informação pegou de surpresa todos os brasileiros que participam da WNE, ainda mais porque o atual presidente ficou pouco mais de um ano no cargo. Ele entrou em outubro de 2022, substituindo Leonam Guimarães, conhecido internacionalmente por sua experiência e competência no setor nuclear e atual membro da AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica.
Aqui pra nós, o advogado Raul Lycurgo, pode ser uma boa pessoa, bem intencionado e competente em sua área. Mas não é engenheiro. E a função de diretor presidente da Eletrouclear exige isso. A indicação dele para assumir a Eletronuclear revela uma face descompromissada do governo em relação à parte técnica de uma empresa estratégica, que trafega num patamar de alta sensibilidade. Na verdade, os cargos da Eletronuclear viraram uma moeda política e chega a ser temerário. É uma empresa extremamente técnica, com repercussão e envolvimento internacional. Se colocar na sua presidência uma pessoa que nem engenheiro é, mostra o descaso e a importância que a empresa tem para quem comanda, sem nem se importar com a repercussão internacional que esta decisão terá. O governo está tratando a Eletronuclear como uma empresa qualquer, só que ela não é uma empresa qualquer. Nós estamos falando de geração elétrica nuclear, num momento muito favorável no mundo todo pelo desenvolvimento nuclear. Essa posição tomada nada ajuda, nada reforça a essa alternativa energética tão importante para o futuro do país. O cunho exclusivamente político, sem a real preocupação com o futuro da empresa, deixa o setor preocupado quanto a real intenção do governo para se fazer os investimentos necessários para o crescimento desse segmento. Não se pode comprometer toda a agenda política que está sendo planejada para o Brasil.
Raul Lycurgo Leite (foto à esquerda) é mestre em Direito Internacional pela American University – Washington College of Law, pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas em Direito e Política Tributária e também em Direito Econômico e das Empresas e bacharel em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília. Em seu currículo, Leite acumula passagens pelo setor de energia elétrica. Ele foi Diretor Jurídico da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) de janeiro de 2015 a junho de 2017. Além disso, entre julho de 2017 e maio de 2020 ele fez parte da diretoria da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), tendo ocupado os cargos de Diretor-Presidente e Diretor Jurídico e de Regulação.
Só esqueceram de dizer que o DR. RAUL LYCURGO LEITE é PROCURADOR FEDERAL há 21 anos e que o problema da ELETRONUCLEAR é o retrofit/modernização de ANGRA1 e a construção de ANGRA3 (obra iniciada em 1984 e até hoje não finalizada). O imbróglio de ANGRA3 é muito mais JURÍDICO e ADMINISTRATIVO (BNDES, TCU, MME, ANEEL, AGU, IBAMA) do que de engenharia(Técnico) até porque a USINA foi comprada e entregue em 1984 (e desde então está lá em Angra esperando ser montada). Corpo técnico e capacitado a empresa possui tanto é que ela é referência na operação de ANGRA 1 e… Read more »
Talvez, dizer que uma pessoa que está há 1 ano na gestão da empresa é responsável pela não conclusão de uma obra, que dura 39 anos, seja exagero, não acha?
Entendo que a administração de uma empresa, é muito mais uma questão administrativa do que técnico-industrial. Nesse ponto, engenheiros deveriam limitar-se aos cargos técnicos. Conforme já dito, existe para isso o cargo de Diretor Técnico. A Eletronuclear, historicamente, foi administrada por pessoas com formação tecnico-industrial, o que fez dela uma empresa de excelência nesse quesito; fato que é obviamente relevante, sobremaneira para o setor. Contudo, questões administrativas e jurídicas, sempre formaram relevantes entraves ao seu desenvolvimento, exemplo mais constrangedor é a questão da construção de Angra 3. Esse fato, demonstra que, cada profissional deve ocupar seu devido lugar de formação.… Read more »
Importante lembrar que um novo momento para a energia nuclear ocorrerá, com o advento do tokamak viável ( ITER), e o Brasil não poderá ser dar ao luxo de ficar embriagado com soja, gado e painéis solares, sem acompnhar a grande virada da energia nuclear limpa. Talvez seja um mal necessário dar um banho de juridiquez em Angra 3, mas sem descuidar da necessidade de manter o capital tecnológico em alta na ELETRONUCLEAR.
Adbogado comandara Corpo Tecnico?
Com certeza explicarao a ele como explodiu chernobyl
Cargo Politico como Nisia Sociologa no Ministerio da Saude
Viva a democracia, a Eletronuclear nuclear precisa ser resgatadas, isso foi um verdadeiro sinal que não adianta ser amigo de deputado e prefeito… Esse presidente pode ser cheio das técnicas mais esqueceu que que o maior capital desta empresa é seu corpo funcional que ele nunca fez questão de receber…. Que venha o Raul e que seja muito bem vindo…