A EXXONMOBIL ESTÁ AVALIANDO VENDER SEUS INVESTIMENTOS EM VACA MUERTA POR US$ 1 BILHÃO

A ExxonMobil recebeu várias ofertas para participações na anunciada formação argentina de Vaca Muerta, na Patagônia, no início deste mês. Os ativos, que incluem participações que detém com a QatarEnergy em sete blocos de petróleo e gás na área de xisto, bem como participações num oleoduto, foram avaliados em cerca de US$ 1 bilhão. A empresa não quer comentar publicamente sobre questões privadas. O desejo da Exxon em vender os ativos está acontece mesmo quando os perfuradores acolhem com satisfação uma abordagem mais indiferente por parte do novo presidente da Argentina, Javier Milei, em relação à indústria do petróleo e do gás, em comparação com o governo anterior. A Exxon colocou todos os seus ativos de xisto na Argentina sob revisão no ano passado, numa medida vista como um golpe às esperanças do governo argentino de explorar plenamente as riquezas de Vaca Muerta.

A geologia da região rivaliza com bacias norte-americanas como a do Permiano, mas a perfuração tem sido travada em parte por políticas protecionistas, deixando a maior parte para as empresas nacionais de energia. Três dessas empresas – YPF SA, Pampa Energía  e Tecpetrol  – são sócias em algumas das áreas que a Exxon está vendendo. O protecionismo económico da Argentina está  sendo  desfeito por Milei, que subiu ao poder em dezembro prometendo uma desregulamentação abrangente. Os perfuradores já estão  beneficiando da abordagem orientada para o mercado do seu governo, que viu os preços do petróleo e dos combustíveis subirem para os chamados níveis de paridade de exportação. Para realmente atrair investidores globais para Vaca Muerta, Milei ainda precisa de desfazer os controles de capital para permitir que as empresas enviem livremente lucros para o estrangeiro.