BRASIL E ESTADOS UNIDOS ABREM DIÁLOGO PARA PARCERIAS ESTRATÉGICAS NA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO

barralOs governos brasileiro e norte-americano lançaram o Comitê de Ação de Hidrogênio Limpo do Diálogo da Indústria de Energia Limpa EUA-Brasil (CEID, sigla em inglês). A novidade faz parte de um debate sobre parcerias estratégicas sobre o hidrogênio de baixa emissão de carbono entre os dois países. O ato de lançamento do comitê teve a participação do secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral (foto).

A próxima reunião do grupo está marcada para o início do segundo semestre de 2024. Participaram do debate representantes do Departamento de Energia dos EUA, do Departamento de Comércio dos EUA, do MME e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O Conselho Empresarial da Câmara de Comércio dos EUA e a Amcham Brasil também estiveram presentes na discussão, além de representantes do setor privado dos dois países. Segundo o MME, a discussão é fruto da cooperação para a transição energética firmada entre o ministro Alexandre Silveira e a secretária do Departamento de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, em julho de 2023, em Goa (Índia).

Para Barral, Brasil e Estados Unidos têm construído condições para realizar parcerias relacionadas ao hidrogênio de baixa emissão de carbono. “Os países têm circunstâncias diferentes, mas têm trabalho em conjunto para destravar milhões de dólares para o desenvolvimento do hidrogênio e mover a transição energética das duas nações”, pontuou.

O propósito do Comitê de Ação para o Hidrogênio Limpo do Diálogo da Indústria de Energia Limpa é facilitar a troca de informações e a adoção das melhores práticas, fomentar o comércio bilateral e estimular o estabelecimento de parcerias e investimentos entre os Estados Unidos e o Brasil. De acordo com dados do MME, o Brasil possui potencial técnico para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano. Atualmente, há uma série de projetos em desenvolvimento em várias regiões do país, que totalizam mais de US$30 bilhões em investimentos anunciados.

Com o lançamento do Plano de Trabalho Trienal do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) em 2023, foram estabelecidos marcos temporais e prioridades para a estruturação da economia do hidrogênio no Brasil. Até 2025, a meta é implantar plantas piloto de hidrogênio de baixa emissão de carbono em todas as regiões do país. Até 2030, o objetivo é posicionar o Brasil como o principal produtor mundial competitivo da molécula. Até 2035, visa-se consolidar hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono.

Outra prioridade definida pelo PNH2 é intensificar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para hidrogênio, inclusive com a meta de multiplicar em sete vezes, até 2025, o investimento anual em recursos públicos e publicamente orientados para pesquisa e desenvolvimento no setor”, finalizou Barral.

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